O mercado dos concursos previstos

Cuidado com previsões de concursos disfarçadas de propaganda barata. Saiba aliar a relevância de uma informação à sua vontade de passar.

Uma frustração para o candidato a uma vaga em concurso é seguir as pistas erradas em busca de uma aprovação. Por isso que é necessário se prevenir contra informações supostamente alicerçadas. Estamos em meio a tantas previsões baratas de concursos públicos, mas muitas das quais não passam de improváveis argumentos noticiosos.

Há veículos de informação reconhecidamente nanicos que, ao divulgar uma postagem sobre um concurso previsto, simplesmente carregam o texto de uma única motivação: atrair interessados em ler aquilo para comprar ou clicar em produtos ali anunciados. Não estamos nos colocando contrários à publicidade em qualquer nível, até porque reconhecemos a grande importância econômica que ela tem. Somos contrários à falta de credibilidade da informação: quando se vai apurar algumas notícias veiculadas, não existe base sólida, mas apenas um texto tratando de uma coisa improvável, vaga em termos de concretude e com ares de arremedo de alguma certeza.

Ainda bem que, para contrabalançar, existem aquelas empresas de comunicação realmente preocupadas em dar certo fundamento à notícia. É por causa deles que muita coisa ainda não está perdida neste "país dos concursos". De posse da boa informação, muitos candidatos seguem a pista certa e acabam se dando bem, preparando-se com a antecedência e a convicção de que necessitavam para ser impulsionados.

Diante de tudo que foi dito, podemos listar três tipos de concurseiro: 

1º aquele que começa a agir de posse das informações sobre os concursos já abertos.

Para esses, o normal é começar a investir na preparação nos poucos meses que restam para a realização da prova, geralmente, com dois a três meses de antecedência. Compra apostilas e faz cursinhos "intensivões";

2º aquele que passa a agir quando recebe informações oficiais sobre os concursos previstos ou já autorizados.

Para esses, geralmente sobram cerca de seis meses ou um pouco mais para se preparar, tempo que muitos mal conseguem aproveitar, caindo na besteira de relaxar na preparação e acabar por "empurrar os estudos com a barriga";

3º aquele que está focado em um grande concurso, ou mesmo em um concurso de pequeno ou médio porte da sua área específica de formação, mas que não se dá tanto ao trabalho de procurar todas as notícias sobre possíveis previsões.

Essa é uma classe de concurseiro paciente e perseverante ao extremo. Ele sabe que o concurso poderá acontecer, seja daqui a um, dois, três, quatro anos, ou até mais tempo. Você poderia objetar: "o quê? Quatro anos de espera!" Isto mesmo, eu responderia. Tem gente muito determinada neste país!

Finalizo lembrando que um dos cuidados que todo concurseiro precisa ter antes de partir para os estudos efetivos é mirar o concurso - alvo. Acredito que sua tarefa de preparação paulatina ficará um pouco mais confortável se ele pensar em um concurso "fora do noticiário", pois terá mais tempo para estudar e, lá na frente, estará em vantagem.

De qualquer forma, tornamos a alertar: tenhamos cuidado com veículos de imprensa cujo único interesse é ganhar dinheiro com a boa fé dos candidatos. Avalie a informação prestada, busque outras fontes, contate o órgão, não mire-se no exemplo de quem posta um "factóide" barato.

Há, por exemplo, sites que anunciam qualquer concurso com previsto para 2015, ainda que não exista a mínima possibilidade dele acontecer. O grande interesse desses blogueiros e webmasters é pescar o concurseiro que passa horas "estudando" no Google. Mas ainda bem que, vez por outra, o próprio Google demonstra ser mais "esperto" do que essa gente, e consegue "driblar" tais intenções.

Que o processo democrático da informação consciente cada vez mais se amplie pela internet.

Um forte abraço e sucesso nos concursos!

alberto@concursosnobrasil.com.br

Antes de escrever um comentário maldoso sobre o modo como as pessoas escrevem, apontando os "erros de português" e querendo dar uma de "dono da gramática", leia este artigo

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