Dicas para provas de Técnico de Enfermagem

Noções de Sistematização da Assistência de Enfermagem (Resolução COFEN-358/2009) e Fundamentos Básicos para o Desenvolvimento das Técnicas em Enfermagem no Contexto Hospitalar.

Os candidatos a Técnico de Enfermagem sabem que é preciso dominar alguns conceitos específicos sobre a carreira, principalmente se você pretende estudar para concurso público. Tendo isso em vista, vamos abordar neste artigo didático dois conhecimentos essenciais: a Sistematização da Assistência de Enfermagem (Resolução COFEN-358/2009) e os Fundamentos Básicos para o Desenvolvimento das Técnicas em Enfermagem no Contexto Hospitalar.

O que é a Resolução COFEN-358/2009?

Nesse documento legal estão contidos alguns aspectos da atuação do cargo de Técnico de Enfermagem. Em primeiro lugar, foi constatado que o processo de enfermagem, isto é, prestar auxílio ambulatorial e de saúde à população deve ocorrer deliberadamente e de forma sistemática em qualquer ambiente.

O segundo ponto ressaltado é que o processo de enfermagem deve ocorrer em cinco etapas, que começam na consulta de enfermagem. São elas:

- Coleta de dados de Enfermagem, que consiste em obter informações referentes ao paciente por meio da família e laudos médicos;
- Diagnóstico de Enfermagem, que objetiva interpretar corretamente os dados coletados a fim de que seja feito um diagnóstico que busque a recuperação do paciente ou alívio ou o resultado esperado;
- Planejamento de Enfermagem, que visa à realização de intervenções após a tomada de decisões proferida no diagnóstico;
- Implementação, que é a prática da intervenção propriamente dita;
- Avaliação de Enfermagem, que busca verificar continuamente o estado do paciente após a implementação da intervenção, se houve ou não condição satisfatória. Caso o contrário, necessita-se adequar e rever o processo de enfermagem.

Lembrando-se de que todo o processo de enfermagem deve ser registrado pelo enfermeiro responsável. O registro escrito do profissional é parte essencial do seu trabalho, algo que interfere na qualidade do cuidado prestado.

Fundamentos básicos da enfermagem em ambiente hospitalar

No ambiente hospitalar, há técnicas de enfermagem que contribuem para evitar a transmissão de infecção. Logo, as práticas adotadas pelo profissional visam à prevenção e evitar a propagação de vírus nesse contexto. A assepsia, por exemplo, é um dos principais conceitos e técnicas de enfermagem. Ela tem como objetivo prevenir a contaminação do ambiente, que se divide em:

  • Assepsia médica: medidas médicas que diminuem a proliferação de microrganismos;
  • Assepsia cirúrgica: prevenir a contaminação da área;

Já a Antissepsia, consiste em reduzir os microrganismos em tecidos vivos. Além disso, sabe-se que o comportamento dos técnicos de enfermagem também deve ser impecável, como a lavagem das mãos, cabelos presos e unhas aparadas e higienizadas, e o não-contato físico com o paciente.

Um dos fundamentos básicos é saber lavar as mãos corretamente. São oito passos:

- Arregace as mangas;
- Aplique o sabão;
- Esfregue a palma da mão;
- Passe no dorso;
- Aplique no espaço entre os dedos e no polegar;
- Ensaboe a articulação;
- Lave as unhas e as extremidades dos dedos;
- E lave o antebraço;

É necessário ressaltar que o tratamento dado ao paciente deve ser completamente humanizado, visando à recuperação, alívio e saúde dele, independentemente do caso.

O técnico de enfermagem também será responsável pela descontaminação de materiais e sua limpeza, desde os ambientes pessoais como os quartos quanto críticos, que são os casos da UTI e salas cirúrgicas.

Outra técnica que se necessita saber é como calçar as luvas. Após esterilizar as mãos, calce as luvas, segurando uma pela dobra do punho (a única parte que pode ser tocada). Repita o mesmo processo com a outra luva e baixe ambos os punhos. Para descalça-la, retire uma de cada vez.

Sabe-se que, às vezes, dependendo da condição do paciente, o enfermeiro/técnico de enfermagem será o responsável pelos cuidados íntimos, como o banho. Nesse caso, é imprescindível que o profissional compreenda a situação, mostrando cuidado, cobrindo as partes do corpo para que o paciente não fique constrangido. Não há necessidade de conversar com o paciente nesse momento, apenas cuide dele. Não se esquecendo que qualquer tipo de anormalidade ou não, deve ser registrado no relatório diário do paciente.

Para uma compreensão acurada das técnicas mais complexas, como a de inserir a sonda nasogástrica, é imprescindível a leitura dos manuais técnicos, a exemplo dos que são publicados pelos Ministério da Saúde:

Como a sonda nasogástrica é um procedimento realizado sobre limites anatômicos externos, deve-se estar muito atento para estabelecer o mais precisamente possível esses limites descritos na técnica. O comprimento da sonda a ser introduzida deve ser medido colocando-se a sua extremidade na ponta do nariz do paciente, alongando-a até o lóbulo da orelha e, daí, até o apêndice xifoide; marcando esta delimitação com uma fina tira de adesivo - marcação que assegurará a introdução e o alcance da sonda no estômago.

A sonda deve ser lubrificada com solução hidrossolúvel, antes de sua introdução na narina - o que facilita a manobra e atenua o traumatismo, pois diminui o atrito com a mucosa nasal - e introduzida sempre aberta, o que permite identificar a saída do conteúdo gástrico ou ar.

A realização da sondagem nasogástrica com o paciente sentado ou decúbito elevado previne a aspiração do conteúdo gástrico caso ocorra vômito.

A posição de flexão da cabeça reduz a probabilidade da sonda penetrar na traqueia. Para passar a sonda do esfíncter cricofaríngeo para o esôfago, solicitar ao paciente para que degluta, o que facilita a progressão no tubo digestivo.

Caso o paciente apresente sinais de sufocamento, tosse, cianose ou agitação, deve-se suspender a manobra e reiniciá-la após sua melhora (2003, p. 51).

Durante a preparação para concursos ao cargo de Técnico de Enfermagem recomenda-se ainda que sejam estudados os principais conceitos vinculados à prática de enfermagem, bem como as técnicas que envolvem os cuidados com o paciente em situações específicas.

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