O que fazer na hora da angústia?

Reflexões sobre o concurseiro que passa pela angústia.

Angústia de concurseiro pode ser entendida basicamente como aquela tristeza diante da tarefa árdua de estudar para os concursos. Acompanhando essa tristeza estão os sentimentos de desânimo, impotência, incapacidade, frustração e até mesmo o início de uma depressão. E todos nós já conhecemos os efeitos de um quadro depressivo, com tudo o que pode ser disseminado em nosso corpo.

O que fazer em um momento desses?

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Na hora da angústia pode acontecer de nenhuma resposta pronta ser capaz de ajudar. Afinal, se conselho fosse bom... Mas acredito que nem toda situação requer ajuda de um profissional de saúde ou do próximo guru da moda. Não me refiro a doença, mas a condição humana. A primeira coisa que se poderia requerer do candidato numa hora dessas é a frieza e o calculismo. Pode parecer insensível, mas refletir enquanto se estuda é essencial. Não adianta constatar a angústia e estagnar por causa dela. A decisão pelo curso ou pelo concurso que se queira fazer precisa ser tomada, e este momento precisa ser tão determinante, ao ponto de não sobrar espaço para arrependimentos. No máximo, que sobre até uma ou várias reprovações, mas arrependimentos não. Pelo menos você tentou.

Fazer o curso/concurso com vontade e determinação é preciso. Fugir não é preciso.

Terá sempre uma torcida contrária, ou a oração contrária, ou o despeito, a inveja, enfim, chame do nome que achar melhor. Vão dizer que não somos capazes, que estamos nos iludindo com muitos aspectos de nossa vida. Vão dizer "isso não é pra você, procure uma coisa do seu nível". Mas você pode dizer: "isso é pra mim, sim! Eu posso provar que sou capaz, primeiro a mim mesmo, depois para os outros". Tente, então, outra vez!

No momento da angústia, é importante não ceder à tentação do "inimigo", isto é, à tentação que ele presumirá que iremos ceder. Não sei quem você pode classificar de "inimigo" da sua vida: pode ser o demônio, pode ser o seu irmão, o seu pai até, pode ser aquele que se diz seu amigo, pode ser o seu vizinho, enfim, ele pode ser espiritual, potencial, ou tão real quanto a água que você bebe agora, no momento que lê este artigo. O que importa é que consigamos divisar a real dimensão do nosso sofrimento, e com isso divisar quais seriam os inimigos que nós temos, para, a partir daí, encontrarmos forças que nos façam escapar, seja com ajuda profissional, seja com ajuda espiritual.

Também existe a pressão. Estudantes terceiranistas muitas vezes sofrem uma grande pressão paterna ou materna, principalmente quando há a expectativa dos pais, geralmente relacionada ao "exemplo do pai/da mãe". Concurseiros que possuem longos anos de lutas travadas com reprovações e "batidas na trave" também se sentem pressionados. Essa pressão não vem muitas vezes de um pai ou de uma mãe. Claro, alguém vai dizer a um concurseiro desses: "cara, a pressão que você sente é da própria sociedade". Mas muitas vezes, somos nós mesmos que construímos dentro de nós o opressor e não conseguimos nos desvencilhar dele.

Desconforto temporário com uma situação desfavorável todo mundo tem. Eu mesmo tenho minhas impotências, as quais muitas vezes acredito serem intransponíveis. Mas depois, diante da minha incapacidade, encontro uma força que me impulsiona a não parar. Nessas horas, lembro do quanto somos algumas vezes mesquinhos para as coisas grandiosas (os valores, por exemplo) e tão abastados para as coisas mesquinhas.

Não adianta abandonar os livros, as apostilas, os resumos, os esquemas, os mapas mentais, os cronogramas, o cursinho, o grupo de estudos na rede social. Se algo não está fluindo e causa estresse na vida do candidato, é preciso rever os conceitos e as formas de se estudar. Uma pausa momentânea para refletir os nossos pontos fortes e os fracos pode ser útil. O importante é não desistirmos simplesmente ao nos depararmos com uma, duas, três, quatro tentativas que não foram muito eficazes (foram até infelizes). Quem venham as dificuldades. Nós iremos chegar lá.

alberto@concursosnobrasil.com.br



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