Em 2015 prometo que vou estudar...

Vamos nos prometer menos atitudes mirabolantes no próximo ano, colher os bons frutos do ano que passou e trair menos a nós mesmos?

A resposta de como enfrentar-se a esse mundo de loucos dos concursos é trabalhar como um louco (a); este é o exemplo perfeito de diligência para atuar. E como tudo na vida, “El que resiste, gana”. (Camilo José Cela).

De Atahualpa Fernandez, Marly Fernandez, extraído do portal Âmbito Jurídico

Fazendo uma breve retrospectiva (e, principalmente, uma introspectiva), como andou a sua vida de concurseiro em 2014? O que você pode avaliar como tendo dado certo no ano que se vai, e que lhe servirá de aprendizado para poder acertar mais em 2015? Este é momento de divisarmos pelo menos parte de toda essa panorâmica de vida...

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Saibamos que é preciso vislumbrar como muito cuidado o que queremos ser/fazer no próximo ano, sob pena de nos tornarmos hipócritas para nós mesmos. Não dá para ser megalomaníaco quando se trata de mudar as nossas próprias atitudes na vida, muitas das quais já meio desgastadas ou viciadas pelos hábitos antigos, nem sempre salutares...

Assim como a segunda-feira é, relativamente, o dia de se começar uma dieta, ou a caminhada para perder gordura, ou começar a ler aquele livro guardado há tempos, o período de final de ano também é a época de se ouvir mais aquela célebre frase: "esse ano vou estudar".

Em tempos passados (as histórias invariavelmente se repetem...), contamos parte da história de um auxiliar administrativo de 20 anos, que há uns três anos lutava para ir além de leituras superficiais das apostilas e livros e se fazer competitivo para o concurso do INSS. O problema dele, como também reconhecia, era a "vida na balada": festas de final de semana, somadas aos bate-papos na internet, que fazaim com que o ano se esvaísse diante dos seus olhos - e os estudos fossem protelados. Será que esse rapaz chegou lá? Fica a pergunta no ar...

Sempre teremos uma noção clara do que deve ou não ser feito com nossos planos. O que pode não estar claro mesmo é a operacionalização de tudo o que for planejado. O concurseiro sabe muito bem que isso é uma verdade, tanto que precisa chegar na sua vida o momento de se cobrar menos, e agir mais, ainda que ele comece a mudar com o menor rigor possível. O importante é chegar a um estágio da vida em que fique assentada a noção de que não estamos nos afastando tanto dos nossos planos de vida.

Assim como aquele auxiliar administrativo, outro homem nos contou, aos 22 anos de idade, que viveu um dilema em um certo começo de ano: sabia que precisava estudar para um concurso, mas se pegava vencido pela preocupações de arranjar urgentemente um trabalho (para pagar suas contas, que não esperam). "Não consigo mesmo deixar as preocupações de lado, pegar meus materiais de estudo e me empenhar em leituras. Ultimamente, ou vou batalhar por horas do dia, atrás de trabalho, ou vou ficar em casa estudando - mas sempre ciente de que há compromissos que não podem aguardar", dizia.

O interessante é que, em outros tempos, aquele mesmo rapaz tivera condições de pagar até mesmo um bom curso preparatório, mas sempre deixou a vontade de ser servidor público meio que no escanteio. "Assumo que fui negligente há bastante tempo no projeto de estudar para me tornar um policial rodoviário federal".

Está aí, concurseiro, mais uma verdade a ser aplicada: planeje algo melhor para a sua vida (um cursinho que seja) enquanto tiver condições, para que, em um momento de "aperto", a sua chama não se apague e você consiga dar a volta por cima. Aquele rapaz cheggou a dizer que há pelo menos cinco anos tinha planos para começar a estudar em um ritmo digno para uma aprovação. No entanto, o projeto tinha dificuldade para sair do papel, pois alegava dificuldade para se disciplinar, o que atrapalhava tanto a sua vida, que a própria família já nem o levava mais a sério.

Há também a história de uma adolescente de 16 anos, que no começo do ano que se passava ainda estava cursando o ensino médio, mas que nos contou restar em sua consciência um pouco de dúvida se seguiria carreira na iniciativa pública ou privada. Diferentemente dos outros exemplos que mencionamos antes, ela tinha uma certeza: permaneceria determinada, perserverante, resiliente e estudando, pois algo de melhor ela queria. Até que, por já exercitar-se nos estudos, optou por lutar pela sonhada uma vaga no funcionalismo público. Gente como essa garota tem meio caminho andando para a conquista. "Nem sou muito de ficar falando que prometo fazer as coisas. Acho melhor ir lá e fazer", nos disse.

Que nós, concurseiros, não esperemos chegar o próximo dezembro para avaliarmos "o que deu para ser feito". Vamos fazer a coisa diferente em 2015? Que tal começamos a fazer uma retrospectiva mensal? Assim, teremos mais tempo de arrumar a casa para receber com maior conforto aquela visitante bastante querida: a VITÓRIA.

Antes de escrever um comentário maldoso sobre o modo como as pessoas escrevem, apontando os "erros de português" e querendo dar uma de "dono da gramática", leia este artigo

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