O lugar das redes sociais na vida do concurseiro

O concurseiro e as redes sociais: uma relação às vezes conflituosa.

Abrir as páginas das redes sociais para finalidades educacionais parece algo surreal, não é? Mas saiba que, em meio a toda essa valorização do entretenimento puro e simples, tem muita gente antenada aliando aquilo que gosta (acessar as redes) àquilo que lhe pode ser bastante útil (conseguir um emprego, por exemplo).

Para quem há algum tempo vem investindo esforços nos estudos, não há lugar melhor para se preparar do que as redes sociais, principalmente em assuntos relacionados a atualidades e informática. Trata-se também de um ambiente virtual de aprendizagem, tão importante quanto outros que você possa conhecer.

O perigo de ser vencido pelos atrativos das redes

A estudante Manoela Oliveira, 32 anos, é viciada em redes sociais, e sabe que as mesmas são uma ferramenta que pode oferecer muito mais do que apenas motivos para "dispersar o tempo" (bate-papo, fotos e frases de efeito). A estudante afirma que as redes sociais são um grande celeiro de conhecimentos, divulgador de conteúdos que dizem respeito à economia, sociedade, política, comportamento e muito mais, temas que certamente são abordados nas provas dos concursos públicos. No entanto, confessa que às vezes não resiste à tentação. "Abro as minhas contas nas redes sociais com o fixo objetivo de estudar, mas acabo envolvida com o turbilhão de novidades que são apresentadas em meu mural. [Daí] acabo esquecendo de ler as páginas que tratam sobre concursos e que dão dicas de estudos. Eu sempre acabo vencida pela vontade de entretenimento", confessou.

Concurseiros como Manoela não são uma raridade. Muito pelo contrário, cada vez mais as pessoas têm trocado os seus planejamentos pessoais (principalmente nos estudos) pela negligência quanto à disciplina e à garra para os estudos que os concursos/vestibulares exigem. No Brasil, sete em cada dez pessoas estão obcecadas por redes sociais e sofrem com as sequelas deste vício.

Pessoas têm sido, por exemplo, demitidas por deixarem de trabalhar para acessar suas redes. Logo, não se trata apenas da falta de determinação superar este problema, mas sim de uma doença. A psicóloga Patrícia Boaventura salienta que há situações em que é necessária uma intervenção clínica para tratar este vício por redes sociais. "Tudo em demasia deixa de ser saudável, gerando danos em todas as áreas da vida. Com os concurseiros, os malefícios de trocar horas de estudo por horas de navegação em redes sociais é sempre contar com uma amarga reprovação", salientou.

Usando as redes como aliadas

Do outro lado, vamos contar a história de Diego Oliveira, servidor público contratado temporariamente, que não tem muita paciência para se entreter no Facebook, ainda mais diante do grande desafio de ser aprovado num concurso, como o do INSS, que é o seu objetivo do momento. O funcionário público temporário usa as redes socais com equilíbrio e espírito crítico. Ele afirma que todos os dias acessa o Facebook, Linkedin e outras redes sociais, mas nada que tome mais do que trinta minutos do seu precioso tempo de estudos.

Diego também revela que nunca deixa de ler as novidades postadas pelas páginas de cursos para observar atualizações dos amigos. "Quem se prepara para um concurso concorrido não pode se deixar levar por frivolidades do cotidiano. É preciso focar mesmo, até ser fominha de livros e apostilas", completou, demonstrando claramente quais são as suas prioridades (redes sociais não estão incluídas, portanto).

O aspirante a um cargo no INSS acrescenta que as redes são ricas em dicas para estudo, além de fornecer, muitas vezes em primeira mão, informações que serão certas em provas de atualidades. Contudo, para que estas páginas se tornem úteis para o concurseiro, é importante que parta do próprio candidato a decisão sobre como vai fazer uso do seu tempo. Ele pensa dessa forma porque sabe que, "para os obstinados, até mesmo um meio de entretenimento pode ser motivo para mais conhecimento".

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