Técnicas de memorização para concursos: dicas poderosas para estudos

Está estudando para alguma prova importante? Confira quais são e como usar as técnicas de memorização para concursos.

Estudar para um concurso é algo que demanda tempo e esforço. Geralmente, a concorrência nas provas é muito alta e cada detalhe pode fazer a diferença entre a aprovação e a frustração. Sendo assim, utilizar técnicas de memorização para concursos pode fazer com que você saia na frente de muitos concorrentes.

A memória é parte fundamental de quem está aprendendo um novo conteúdo. Afinal, se você se esquecer de tudo no momento da prova, as suas diversas horas estudando e os sacrifícios para se preparar para o concurso serão em vão. Portanto, é necessário estar com a memória em dia, certo? Mas por um acaso, você sabe o que é uma memória? E que existem memórias diferentes?

O que é a memória?

O cérebro é o órgão mais importante do corpo. Ele é como o regente de toda uma orquestra composta por coração, pulmões, rins e diversos outros órgãos. Mas, além de controlar o corpo, o cérebro possui outras atribuições que fazem com que ele se torne muito especial. Uma dessas características é a memória.

A memória é a capacidade de um ser em adquirir informações ou conhecimentos sobre algum tema e conseguir armazenar o seu conteúdo para poder acessá-lo quando for necessário. Fazemos esse processo constantemente, todos os dias. Por ser algo recorrente, nem nos damos conta da complexidade do ato de memorização.

Apesar de existirem diversas formas sobre como classificar a memória e os seus tipos, para hoje é preciso que você saiba de apenas duas: a memória de longo prazo e a de curto prazo. Elas também são conhecidas como memória semântica e memória episódica, respectivamente.

O interessante disso é que é possível fazer com que memórias que teoricamente deveriam ser de curto prazo durem muito tempo, chegando ao ponto de você nunca mais esquecê-las. É por isso que existem as técnicas de memorização para concursos: fazer você lembrar.

Quando a memória episódica não é transformada em memória semântica, você começa a perder as informações. É assim que os “brancos” aparecem na hora de responder alguma questão na prova e aos poucos você vai esquecendo outras partes da matéria. Esses são alguns dos estágios do processo que é descrito como “curva do esquecimento”.

O que é a curva do esquecimento?

O conceito de curva do esquecimento é utilizado por muitos psicólogos para descrever o fenômeno de exclusão de memórias feitas pelo nosso cérebro. Ele começou a ser desenvolvido por Hermann Ebbinghaus, um psicólogo alemão nascido em 1850 e que virou referência no assunto, com muitos profissionais tendo novas ideias a partir das suas observações.

Ebbinghaus era muito curioso em relação ao cérebro humano, principalmente em como o órgão retinha informações complexas. Por isso, ao longo de sua carreira, ele criou diversos testes de inteligência e estudos sobre como funciona a memória humana.

Foi durante os seus estudos sobre aprendizado e retenção de novos conhecimentos que Ebbinghaus esbarrou na tal da “curva do conhecimento”. Para ilustrar a curva do esquecimento, faremos uma comparação.

A memória do nosso cérebro tem algumas características que se assemelham a um computador. Se você quiser, é possível ver um vídeo no YouTube ao acessar a página de internet onde ele está. Quando você está vendo o vídeo, ele está salvo na memória temporária do seu computador.

Porém, se você fecha a página, o vídeo e os dados são automaticamente excluídos para que você tenha espaço suficiente para realizar uma próxima ação. Para ter o vídeo quando você quiser, é preciso fazer o download dele. Assim, ele ficará armazenado no disco rígido do computador.

O nosso cérebro funciona de forma parecida. É preciso fazer uma espécie de “download do conteúdo” para você não perder a informação. Portanto, se você não utiliza aquele conhecimento adquirido com muita frequência, o nosso cérebro interpreta isso como algo que não é importante, que pode e deve ser descartado para que outras memórias, mais recentes, possam tomar o lugar dessas antigas.

Mas, ao contrário do computador, o cérebro não apaga tudo de uma vez. Ele vai excluindo partes do que você aprendeu. Durante seus estudos, Ebbinghaus notou que há um certo padrão no esquecimento das coisas. Segundo ele, você esquece metade do que aprendeu no prazo de um dia. Ao longo de uma semana, esse número pode chegar a até 70%. E se você deixar isso de lado, em um mês você irá perder quase tudo. Sobrarão apenas resquícios.

Portanto, ao fazer um gráfico com o que você lembra com o passar do tempo, é possível ver uma espécie de curva que indica a perda do seu conhecimento. Essa é a curva do esquecimento. Por causa disso, é importante que o indivíduo utilize de técnicas de memorização. Com elas, a curva reduz drasticamente ou mesmo deixa de existir.

E como memorizar os estudos para concursos?

Você se lembra de que eu falei do download de conteúdo? Infelizmente, para seres humanos não é tão fácil assim obter um conhecimento para sempre. Não temos a tecnologia para baixar algo direto para o cérebro. Então, é preciso dedicação e horas de estudo. Para isso, existem as técnicas de memorização para concursos. Elas são um atalho para o seu “download”. A seguir estão as melhores técnicas de memorização.

1- Revisão

A mais famosa e considerada por muitos como a melhor técnica de memorização para concursos é a revisão. A revisão tem como principal característica transformar a memória de curto prazo em memória de longo prazo. Ela faz isso ao impedir que a curva do esquecimento faça efeito no que você aprendeu. Ao revisar, o seu cérebro é obrigado a guardar as informações adquiridas e deixá-las de prontidão, pois a revisão exige que elas sejam resgatadas de forma frequente.

Existem vários métodos e técnicas para se realizar uma revisão, porém uma das melhores maneiras é utilizar o método de Ebbinghaus. Sim! O mesmo sujeito que estudou sobre a curva do esquecimento desenvolveu um método que faz com que o seu cérebro mantenha a sua memória afiada.

Dentro da revisão estão várias dicas, como o uso de flash cards, marcações, post-it’s, entre outros. Como a revisão é um tema muito abrangente, temos uma matéria completa sobre como fazer revisão para concursos. Lá tem todas as dicas. Confira!

2- Mapa Mental

Apesar de fazer parte das técnicas de revisão, o mapa mental é tão importante que decidimos colocá-lo como um tópico aqui. O mapa mental é uma forma de organização de ideias sobre um assunto. Ele faz com que você visualize de uma forma simples e ampla a extensão de um conteúdo ou mesmo de um tema que você esteja estudando.

A técnica consiste em juntar elementos visuais, como figuras, cores, setas e formas geométricas, com frases curtas ou mesmo palavras-chave. Ao fazer isso, o mapa mental estimula a parte do seu cérebro ligada ao raciocínio lógico com a parte mais criativa. Essa associação potencializa a absorção de conhecimento sobre um determinado tema.

O mapa mental é uma técnica antiga, sendo utilizado há centenas de anos. Existem registros de que o filósofo Porfírio de Tiro já utilizava de uma organização muito semelhante no século III. Apesar disso, a criação moderna da técnica é atribuída ao psicólogo inglês Tony Buzan.

Além de psicólogo, Buzan trabalhava na TV e aparecia diversas vezes em programas e shows. Com isso, foi ganhando popularidade e, consequentemente, suas ideias passaram a ter relevância. Uma das ideias dele era a utilização dos mapas mentais para o aprendizado. Se você se interessou por mapas mentais e quer saber mais sobre isso, o Concursos no Brasil tem uma matéria que detalha a técnica e ainda te ensina a fazer um mapa mental para concursos.

3- Mnemônicos

A mnemônica é uma técnica utilizada para se memorizar qualquer tipo de conteúdo. A palavra, um pouco estranha para os padrões da língua portuguesa, tem origem no grego e vem de Mnemosine, a deusa da memória, cultuada na Antiguidade.

A mnemônica utiliza de associações e acrônimos para estimular o cérebro a guardar de forma mais precisa e longa algum conteúdo. As associações podem ser feitas por meio de figuras, partes do corpo ou mesmo palavras. Se você vê o símbolo de um carrinho de supermercado, logo faz a associação com compras. Uma tesoura é associada com o ato de recortar e assim por diante.

Imagine que você esteja estudando política internacional e uma parte é sobre a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Para não esquecer o nome dela, é possível associar Angela com a palavra anjo, fazendo com que o seu cérebro passe a ter mais de uma referência na hora de buscar aquela memória. Se possível, associe o que você estudou com coisas de cunho pessoal, pois você conseguirá lembrar mais facilmente.

Já os acrônimos também podem ser chamados de siglas. Facilitou né? Utilizamos diversos acrônimos no nosso dia a dia. Siglas como FGTS, IPTU, INSS e BB fazem parte do nosso cotidiano e ajudam a gente a não precisar falar Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) toda vez que formos reclamar do valor da parcela naquele mês.

Um exemplo simples de acrônimo dentro da mnemônica e que é bastante utilizado por concurseiros iniciantes é a sigla LIMPE. Cada uma das cinco letras da palavra LIMPE são as iniciais dos cinco princípios da administração pública. São eles: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.

4- Fichamento

O fichamento é uma técnica muito antiga e que era muito mais difundida e utilizada no período em que não havia internet. Naquela época, as pessoas tinham que consultar uma enciclopédia enorme ou então se dirigirem até uma biblioteca para poder saber mais sobre um assunto. E como era muito desgastante esse ir e vir, elas faziam fichamentos sobre determinado assunto.

Os fichamentos são resumos de um certo tipo de assunto, organizado. Geralmente eram feitos em fichas de papel, por isso o nome. Esses resumos continham informações principais como datas, pessoas importantes, termos e palavras-chave. Você pode aplicar essa ideia ao estudar para concursos. Pegue uma disciplina e vá anotando o que você achou relevante de uma maneira na qual, quando você for revisar, não irá precisar ler todo o conteúdo novamente, o seu fichamento estará lá para servir de guia.

5- Intercalar as matérias

Um erro muito comum cometido por vários concurseiros é o de focar em apenas uma matéria e estudá-la em excesso. Além de causar uma certa exaustão, esse tipo de atitude não necessariamente garante que você conseguirá aprender a disciplina como deveria.

Crie um cronograma equilibrado, enfatizando as matérias mais importantes, mas sem deixar de lado as outras disciplinas. Lembre-se da curva do esquecimento. Se ficar muito tempo sem rever algo, você irá esquecer aquilo.

6- Explique o que aprendeu

Uma forma bem interessante de reforçar a memória é tentar explicar aquilo que você aprendeu como se fosse uma pequena aula. Se você não tem alguém à disposição para ouvir sua explicação, não tem problema. Grave um vídeo ou mesmo um áudio como se você estivesse falando para alguém sobre o que você aprendeu.

Em seguida, veja o vídeo ou ouça o áudio para ver se você falou tudo certo e não esqueceu nada. Além disso, tente identificar se a forma como você explicou foi simples. Se você conseguiu simplificar algo, quer dizer que adquiriu conhecimento suficiente ao ponto de dominar aquele tema.

Caso você encontre algum tipo de problema ou não tenha entendido a sua própria explicação, é sinal de que é preciso estudar melhor aquilo que você não está conseguindo passar adiante.

7- Simulados

Os simulados geralmente são classificados como uma técnica de estudo. No entanto, de certa forma, eles também podem se enquadrar dentro das técnicas de memorização para concursos. Ao fazer questões das disciplinas que irão cair na sua prova, você está utilizando a parte da memória responsável por guardar aquele conteúdo específico.

Sendo assim, você faz com que ela sempre esteja em atividade. Consequentemente, seu cérebro interpreta que aquela é uma memória importante e que deve ser guardada com todo o cuidado, afinal você está utilizando com frequência.

Além de ser excelente para a memória, resolver questões também te dá uma noção sobre o seu desempenho. Assim, é possível saber em quais disciplinas ou áreas você está indo bem e em quais você precisará reforçar seus estudos.

O Concursos no Brasil possui uma grande quantidade de simulados. O nosso banco de perguntas é muito diverso, fazendo dele um dos mais completos do país. Você pode encontrar questões de Língua Portuguesa, Matemática, Informática e também de conhecimentos específicos para cargos como Agente Comunitário de Saúde, Assistente Administrativo, Auxiliar de Serviços Gerais, Médico, entre vários outros.

O melhor de tudo é que é gratuito. Você não paga nada para ter acesso a dezenas de milhares de questões para se preparar.

Tenha disciplina ao utilizar as técnicas de memorização para concursos

As técnicas de memorização para concursos só são eficientes caso você seja disciplinado. É preciso ter foco e organização para estudar constantemente. Existem dias difíceis nos quais você pode ter problemas no trabalho, com os filhos ou com o companheiro. Às vezes a preguiça está muito grande ou mesmo não há tempo para estudar. Não se culpe se algum dia as coisas não saírem como o planejado. Tenha sempre em mente que você está dando o seu melhor. Não exagere na falta de estudos e nem cometa excessos.

Lembre-se do seu objetivo e do quão bom será quando você conseguir a aprovação. Não se esqueça de estar com saúde física e mental em dia. Afinal, a memória não será boa em um corpo ou mente que não estiver saudável. O bom senso é imprescindível ao estudar para um concurso. Por fim, siga a técnica que você acredita que se encaixa com seu perfil e utilize da melhor maneira possível. Bons estudos e coloque na memória: o Concursos no Brasil está sempre aqui para te auxiliar nessa jornada.

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Carlos Rocha
Redator
Jornalista formado (UFG), atualmente redator no site Concursos no Brasil. Foi roteirista do Canal Fatos Desconhecidos (YouTube) por um ano e meio. Produziu conteúdo de podcast para o Deezer. Fez parte da Rádio Universitária (870AM) por três anos e meio como apresentador no Programa Fanático e como repórter, narrador e comentarista da Equipe Doutores da Bola. Fã de futebol, NFL e ouvinte de podcast.

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