Dicas de estudo para o ENEM 2016

Fazer as provas anteriores é importante para organizar o tempo, identificar as dificuldades, os pontos fortes e fracos.

Com a divulgação do edital ENEM 2016, começa oficialmente a maratona de intensificação dos estudos para as provas, agendadas para novembro deste ano. A nova edição do exame terá novidades, tais como o reconhecimento individual, com a impressão da digital na ficha de identificação do participante por meio de selo gráfico, autoadesivo, e o aplicativo Enem 2016 para celulares, que trará todas as informações necessárias aos participantes ao longo do exame, além do acompanhamento da inscrição.

Com o prazo que se tem (considerando que fechamos este artigo em abril), os candidatos terão quase sete meses para se preparar com bastante qualidade, dependendo da agenda de cada um. Neste momento, estudar aleatoriamente não vale. É preciso encarar a disputa com toda a disciplina possível, e por isso que planejar é importante, seja no papel, seja no computador ou no seu dispositivo móvel.

Os estudantes que irão fazer as provas pela segunda vez não devem dar as mesmas desculpas passadas. Se o motivo de não ter um desempenho satisfatório foi o tempo de estudos, o momento é de ampliar os horizontes: quem estudou duas horas por dia ano passado e achou que era bastante, aumente a carga para quatro horas diárias ou mais, focando em duas matérias diárias.

Com a fartura de provas comentadas que se tem hoje, além da íntegra de provas anteriores, os candidatos devem se esforçar para tentar resolver as questões semanalmente, até porque é a oportunidade que terão para "treinar" o tempo de respostas, se familiarizar com o "ambiente" das provas e dominar o "estilo" das avaliações.

Falar de ENEM e não falar de PROVA DE REDAÇÃO é praticamente impossível! Os candidatos devem ter em mente que o dever de casa na seara da escrita é o mesmo: treinar muito. Como? Primeiramente, lendo bastante, tanto atualidades, quanto editoriais da imprensa, artigos de autores específicos publicados com frequência, bons livros (e até maus livros, contanto que o candidato leia). Depois, escrever textos simulados, que devem ter a "tônica" cobrada nas provas anteriores do ENEM, treinar o ambiente disponível no dia da prova de redação. Nesse quesito, uma ajuda a mais nesse aprendizado será possível se o candidato puder contar com um corretor externo (um amigo professor, um colega que escreve bem, pais, ou outra pessoa interessada em ler e opinar sobre seu texto).

Outras dicas úteis

Os especialistas em preparação para o ENEM confirmam que o consumo de simulados online, videoaulas gratuitas e grupos de estudos em redes sociais ajuda e muito na preparação, principalmente para aqueles que não tem dinheiro para pagar um cursinho e comprar material.

Assistir a aulas gratuitas na internet é uma as dicas do coordenador-geral do cursinho gratuito Pró Universidade, de Santa Catarina, Otávio Auler. A oferta desse tipo de conteúdo tem crescido, e o estudante pode encontrar aulas sobre diversas disciplinas, de atualidades e com dicas de como fazer uma boa redação. Entre os canais sugeridos pelo coordenador estão o de educação do Youtube, a Khan Academy, o siteAula ao Vivo e o Aulalivre.net.

Como ressaltamos antes, é imprescindível recorrer às edições anteriores do Enem. “Fazer as provas anteriores é importante para organizar o tempo, identificar as dificuldades, os pontos fortes e fracos. As provas estão no site do Inep e o estudante pode imprimir ou fazer na própria tela do computador, em smartphones, usando o computador de uma lan house”, adverte Auler.

E para aqueles que pensam as redes sociais não ser para aperfeiçoamento dos estudos, vale esta dica: não seja tentado pelas distrações das redes, mas utilize-as em seu favor. Centenas de grupos de estudos são criados a todo o momento, principalmente no Telegram, WhatsApp e no Facebook. Todos eles, quando bem dosados, são ferramentas poderosas para compartilhamento de saberes e experiências, resolução de exercícios e tirar dúvidas sobre matérias específicas.

Outra alternativa para quem quer estudar e está com o orçamento apertado são os simulados na internet, que, com a proximidade da data do Enem, são disponibilizados em sites de cursinhos, de escolas e de grupos de comunicação. “Os simulados não só permitem aos alunos se posicionar na escala de notas como orientam sobre as lacunas de informação, o que eles não conhecem. Os simulados podem ajudar também a orientar um programa de estudo”, disse o mestre e doutor em educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Álvaro Chrispino.

Vice-presidente do cursinho gratuito Galt Vertibulares, do Distrito Federal, Rubenilson Cerqueira conta que a percepção é que, em geral, o acesso à internet não é um problema para os alunos. Mas, se isso acontecer, ele sugere que os estudantes procurem locais públicos como bibliotecas e aproveitem o tempo que passam em rodoviárias e estações de metrô que dão acesso à internet. “Vejo que, quando o aluno tem o interesse, ele consegue esses mecanismos para estudar e se preparar para o processo seletivo.”

Muitos cursinhos fazem aulões gratuitos abertos para o público em geral que também são uma oportunidade para aprender e revisar conteúdos já estudados.

Há ainda os cursinhos populares que oferecem aulas gratuitas para alunos de escolas públicas – uma forma de preparar grande número de estudantes que não teriam acesso a esse serviço em função dos altos preços cobrados pelos preparatórios. “Muitos que não têm condições de pagar um cursinho tem dificuldade para ter acesso a material de qualidade e para organizar uma grade de estudo. Isso fica mais fácil quando se tem acompanhamento”, destacou Rubenilson Cerqueira.

Álvaro Chrispino recomenda que o candidato não deve desistir mesmo se, depois de todo o estudo, não obtiver sucesso no exame. “A pessoa que não tiver sucesso na primeira vez no Enem precisa tentar de novo. Ele vai ter questões com uma nova versão sobre os mesmos conteúdos e vai ter um novo grupo disputando novas vagas”, disse.

Na Redação

Para muitos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a redação é um dos maiores desafios. Prova que vale até mil pontos e tem caráter eliminatório para quem tira zero, a redação pode fazer a diferença para quem pretende obter vaga na educação superior pública ou o acesso a programas educacionais do governo federal como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Apostila ENEM - preparatória para 2016

Para o professor de língua portuguesa e literatura Rafael Batista, a prova de redação do Enem é diferente daquelas aplicadas em outros vestibulares. “A redação do Enem tem um diferencial: precisa avaliar o aluno que termina o ensino médio, mas também avaliar se esse estudante se porta como um sujeito crítico diante da realidade”, afirmou. “Além de apresentar argumentos, o aluno também precisa apresentar propostas de intervenção para se demonstrar como um sujeito crítico.”

O professor também destacou a importância de o estudante compreender o que é exigido pelo exame. “É importantíssimo que os participantes percebam que a redação não pode ferir os direitos humanos, já que estamos falando de um debate social para a promoção da dignidade”, salientou. “Além disso, a estrutura do texto tem de ser dissertativa, ou seja, um texto que exponha informações e apresente argumentos.”

No Enem, a redação deve ter no mínimo oito e no máximo 30 linhas. O texto deve ser dissertativo-argumentativo. Os participantes que fugirem do tema proposto, escreverem número menor de linhas do que o exigido ou deixarem a folha em branco podem receber nota zero. Textos que desrespeitem os direitos humanos também recebem nota zero.

Jornalismo Concursos no Brasil. Com informações do MEC e Agência Brasil.

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