Dicas para as provas de Auxiliar de Enfermagem (2)

Dicas sobre cirurgia segura, sinais e sintomas indicativos de SEPSE e principais medidas preventivas.

Os conceitos de cirurgia segura, sinais e sintomas indicativos de SEPSE e as principais medidas preventivas são alguns dos conhecimentos cobrados em dezenas de provas todos os anos, para as mais diferentes instituições de saúde. Apresentamos a seguir conhecimentos essenciais para que o candidato realize uma boa prova nessas matérias. Para saber mais sobre os cuidados com o corpo após a morte, outro assunto constante de provas da Saúde, clique aqui.

Cirurgia segura

Cirurgia segura diz respeito àquilo que engloba a segurança nos procedimentos cirúrgicos, visando à recuperação do paciente, cuidado esse que permeia todo o procedimento, desde o modo como a cirurgia inicia até como ela termina. Assim, uma cirurgia é segura quando os profissionais conseguem, portanto, evitar quaisquer complicações médicas.

Por exemplo, o fato de um paciente passar por uma cirurgia grave e vir a óbito devido ao erro humano ou intercorrências não previstas é justamente a "cultura" que não é compactuada pela comunidade de profissionais médicos e de enfermagem. Afinal, o objetivo da equipe é sempre salvar a vida do paciente e realizar uma cirurgia bem sucedida, sem riscos.

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), “há três décadas, um paciente saudável submetido à anestesiologia tinha uma chance estimada de 1 em 5.000 de morrer por complicações anestésicas. Com a melhora do conhecimento e a padronização básica na assistência, o risco caiu para 1 em 200.000 no mundo desenvolvido – uma melhora de 40 vezes. Infelizmente, a taxa de morte evitável associada à anestesiologia em países em desenvolvimento é 100 – 1.000 vezes maior” (dados de 2013). Logo, há uma crescente preocupação em salvar a vida do paciente e garantir que a cirurgia seja segura, com mínimos riscos.

No próprio conceito de cirurgia segura, há claramente a alusão a evento adverso e a erro humano. O evento adverso é uma complicação não estimada, que pode ser desencadeada por um erro humano ou inadequação da estrutura, treinamento incorreto, uso de medicamentos errados. Já o erro humano é um desvio de conduta, um desvio de procedimento. Percebe-se então, que os dois aspectos não são dependentes entre si, entretanto, algumas vezes eles estão conectados.

Sepse

Sepse é uma complicação causada por agentes infecciosos, como vírus e bactérias, que entram na corrente sanguínea, afetando o sistema imunológico. Com isso, ocorre o comprometimento da proteção do organismo, levando a muitos problemas, como alterações de pressão, na frequência cardíaca, temperatura. A sepse é conhecida por ser uma inflamação generalizada e pode levar à morte se não for tratada imediatamente e corretamente.

As causas da sepse vão além de uma cirurgia não segura, isto é, quando a infecção é contraída na mesa de cirurgia, por exemplo. Sabe-se que a sepse pode se originar de situações em que o sistema imunológico já se encontra desprotegido ou frágil demais, como no caso da pneumonia, infecção renal, abdominal e bacteremia.

E, mesmo que qualquer pessoa possa ter sepse, já que os motivos são diversos, os fatores de risco mais comuns são: jovens ou idosos, sistema imunológico fraco, pessoas com feridas, pacientes que ficam na UTI, bebês prematuros, pacientes com câncer ou soropositivos, indivíduos com doenças crônicas, entre outros.

Sintomas da sepse

A sepse pode evoluir em três fases: inicial, grave e choque séptico. É recomendado que comece o tratamento no estágio inicial, uma vez que há mais chances de se curar. Os sintomas mais comuns são: temperatura acima de 38°C ou abaixo de 36°C; frequência cardíaca maior que 90 bpm e frequência respiratória superior a 20 irpm. Esses sintomas indicam a fase inicial.

Agora, se o quadro apresentar mudança abrupta de estado mental, diminuição da urina (de forma significativa), diminuição das plaquetas ou dificuldade para respirar, já pode ser considerado sepse grave.

Prevenção

A sepse pode ser prevenida, principalmente se o calendário de vacinação de crianças estiver organizado. Já nos hospitais a higiene é essencial para que se evite a contaminação. Inclusive, a automedicação deve ser evitada, principalmente se recusando a utilizar antibióticos desnecessários.

Referências:

Joana Lech (org.). Manual de procedimentos de enfermagem. Martinari. Hospital Alemão Oswaldo Cruz., 2006.

POTTER, P.A.; PERRY,A.G.. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2009.

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