Vencendo a ansiedade para os concursos públicos

Contra a ansiedade, uma dose de psicologia

O concurseiro estudou com afinco, assimilou os conteúdos tanto das disciplinas gerais e específicas, sabe que abdicou de muitas coisas só para estudar e então começa a ver se aproximando o dia das provas. Agora o maior desafio a ser vencido é o nervosismo em ver o tempo dedicado se transformar em reprovação, algo que pode acontecer se o candidato não superar um inimigo terrível: a ansiedade.

Leia também: Como superar o nervosismo na hora das provas

Para a psicóloga Patrícia Boaventura, ansiedade é uma sensação advinda de uma sequência de preocupações, medo ou tensão, gerada por situações que ainda nem sequer ocorreram. É neste contexto que passa a viver um concurseiro quando tem ciência de que em poucos dias será avaliado e terá uma sentença: é desta vez que vai entrar para a carreira pública ou não?

A psicóloga acrescenta que é muito normal sentir aquele tradicional "frio na barriga" quando falta pouco para uma avaliação tão importante. No entanto, há um hiato entre esta expectativa e as sequelas nocivas que a ansiedade, em grau intenso, pode trazer ao concurseiro. "Se algo não for feito para ser ter controle, sem dúvidas, todos os esforços em estudo, noites perdidas em leituras, frequência em cursinhos podem ir por água abaixo", sentenciou.  

A ansiedade acompanhada de uma crise nervosa pode ser a responsável por "apagões" que surgem na hora da prova - aquela sensação de que nunca viu aquele conteúdo na vida, mesmo tendo revisado tudo exaustivamente - além de baixa concentração, demasiado esgotamento físico e desgaste mental. Sem dúvidas, estes são os sintomas clássicos que antecedem alguns dos maus resultados nas provas.

 Caso o candidato veja que está caminhando para uma situação como esta, é hora de despertar e tomar algumas providências. Entre as soluções, a mais urgente é procurar um profissional para fazer um acompanhamento psicológico, pois ele terá condições de indicar qual o medicamento ou terapia será adotada para conter a tensão.

As outras orientações podem ser igualmente bem sucedidas se o candidato levar em consideração que é preciso confiar no seu potencial. Se ele estudou, tem consciência de que fez o seu melhor e que domina (não é decorar) boa parte dos conteúdos, não há porque temer uma reprovação. "Pensamento positivo não é conversa fiada, é algo útil que deve ser posto em prática", completou Patrícia Boaventura.

"Mantenha a calma". A frase é clássica, mas é eficaz. Ficar nervoso com pequenas coisas é algo que não se ajusta à vida de um concurseiro e seus projetos. Não há como se ter agonia desenfreada para entrar no serviço público, portanto, o melhor a fazer é fugir de situações tensas e recorrer a uma atividade física, por exemplo, para liberar adrenalina.

Siga com sua rotina de estudos, mas nada de se pressionar. Apenas seja fiel aos seus objetivos e ao seu cronograma - acredite em você mesmo. A ansiedade é um problema de ordem orgânica, mas que precisa de sua colaboração para ser superada.

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