Animais em risco de extinção no Brasil: 13 espécies na lista vermelha

Lista com animais em extinção no Brasil ou que estão na lista vermelha, correndo o risco de desaparecer no país.

A biodiversidade brasileira é uma das mais ricas do mundo. Mas pesquisas evidenciam que milhares de espécies foram extintas nos últimos cem anos, e existe um número crescente de animais em risco de extinção no Brasil.

Em 2016, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) divulgaram o Livro Vermelho que informou a relação de animais em risco de extinção no Brasil.

De acordo com este estudo, ao todo existem 1.173 espécies ameaçadas de extinção, além das outras que já foram extintas, como a arara-azul-pequena. Especificamente no quesito aves, o Brasil lidera o ranking com o maior número de espécies em extinção, seguido pela Indonésia.

Quando uma espécie está em risco de extinção, isso significa que ela pode desaparecer da face da terra, como aconteceu com os dinossauros na Era Mesozoica. E quando isso acontece um grande desequilíbrio ambiental afeta ecossistemas dos quais estes animais fazem parte.

O agravante do momento presente, é que ao invés desse fenômeno acontecer naturalmente, a ação humana tem acelerado este processo. Como, por exemplo, por meio do tráfico de animais, queimadas, desmatamento, construção de hidrelétricas, poluição e caça predatória.

Classificação dos animais em extinção

Antes de conhecermos as 13 espécies de animais em risco de extinção no Brasil, vale a pena entender como é feita a classificação dos animais nesta categoria. A organização internacional, que é referência mundial em metodologia de análise e conservação de espécies é a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

Em 1964, a IUCN criou a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas (Red List). O objetivo dessa lista é organizar informações sobre a conservação dos seres vivos do planeta (fauna e flora), contudo ela não abrange e tampouco fornece dados sobre micro-organismos.

A Lista Vermelha é uma ferramenta para alertar a respeito da constante perda de biodiversidade na Terra. A partir dela, é possível criar estratégias e desenvolver políticas de conservação para prevenir a perda de várias espécies.

Vale destacar que a conservação da fauna e flora é imprescindível não apenas para manter o equilíbrio dos ecossistemas do planeta, mas também para garantir e renovar nossas reservas de recursos naturais.

A Lista Vermelha da IUCN possui nove categorias para classificar os organismos vivos de acordo com a situação de conservação ou risco de extinção que eles estejam. Conheça estas categorias no quadro a seguir:

CATEGORIA

SIGLA

CARACTERÍSTICA

Extinta (Extinct)

EX

Quando o último indivíduo da espécie morre. Em outras palavras, não há nenhum exemplar da espécie analisada vivo na natureza ou em cativeiros.

Extinta em natureza (Extinct in the Wild)

EW

São as espécies analisadas que não são mais encontradas em seu habitat natural, sendo encontradas somente em cativeiros ou naturalizadas fora de sua área de distribuição natural.

Criticamente ameaçada (Critically Endangered)

CR

Quando classificadas dessa forma, significa que as espécies que correm risco extremamente elevado de extinção da natureza em um curto período.

Em perigo (Endangered)

EN

É quando as evidências comprovam que a espécie estudada apresenta um risco de ser extinta em seu habitat em pouco tempo.

Vulnerável (Vulnerable)

VU

Essa categoria é para as espécies apresentam um risco elevado de se tornar ameaçada, principalmente, devido à destruição dos seus habitats.

Quase ameaçada (Near Threatened)

NT

Uma espécie nessa categoria é aquela que precisa de medidas de conservação para que não se torne vulnerável à extinção em breve.

Pouco preocupante (Least Concern)

LC

São aquelas que quando comparadas às outras categorias, são mais abundantes na natureza e não apresentam muitos riscos de extinção.

Dados deficientes (Data Deficient)

DD

Significa que a espécie estudada não possui dados suficientes para que a organização avalie seu nível de conservação.

Não avaliado (Not Evaluated)

NE

São as espécies que não foram avaliadas pelos critérios da IUCN.

Agora, seguimos com a lista dos 13 animais em extinção no Brasil ou que estão na lista vermelha que apresentamos acima. Vale frisar que este são apenas alguns e que a lista final das espécies nacionais ameaçadas é mais extensa:

Boto cor-de-rosa (Inia Geoffrensis)

Considerado o maior golfinho de água doce, o boto-cor-de-rosa é um animal endêmico (nativo) dos rios da bacia Amazônia. Este animal é muito popular no Brasil devido à lenda popular, na qual ele se transforma em homem para seduzir moças solteiras.

O uso da espécie como isca para pesca fez com que a população do boto-cor-de-rosa fosse diminuindo com o passar do tempo. Atualmente, a espécie é ameaçada devido a construção de hidrelétricas, que impactam diretamente seu habitat.

De acordo com pesquisadores, dentro de 30 anos, a população de botos-cor-de-rosa poderá sofrer uma baixa de 50%. Em razão disso, ela foi classificada em risco de extinção pelo ICMBio de 2016.

Arara-Azul (Anodorhynchus leari)

A arara-azul não consta na lista de animais brasileiras de espécies ameaçadas de extinção, mas de acordo com a IUCN, a ave está na lista vermelha classificada como espécie vulnerável (VU).

Da família dos psitacídeos, a araras-azuis habitam o Pantanal (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bolívia e Paraguai) e os estados de Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia, e ainda na região próxima à Serra dos Carajás, no Pará.

Três espécies de araras azuis são conhecidas: a arara-azul-grande, a arara-azul-de-lear e a arara-azul-pequena. Essa última já é tida como extinta e as outras duas são consideradas como animais em risco de extinção no Brasil.

A ave é muito procurada pelo grande valor comercial das suas asas no mercado internacional. Devido a sua personalidade dócil e amigável, permitindo a aproximação humana, elas são facilmente capturas pelos caçadores.

Outros fatores, além do tráfico, que contribuem para aumentar a vulnerabilidade da espécie são: os desmatamentos, ventos, chuvas e queimadas. Estes fatores destroem as árvores das quais elas se alimentam, que também são os locais onde fazem seus ninhos, comprometendo sua reprodução.

Pica-Pau (Celeus flavus subflavus)

De acordo com o Livro Vermelho do ICMBio (2016), essa ave é classificada como criticamente ameaçada de extinção. Pesquisas apontam que atualmente existem aproximadamente 250 indivíduos da espécie.

Ave que se tornou famosa por dar nome ao cenário da obra de Monteiro Lobato, o pica-pau-amarelo é uma ave endêmica brasileira, encontrada entre os estados de Alagoas até o Rio de Janeiro.

Contudo, os registros e estudos mais recentes que mostram a ocorrência do pica-pau-amarelo apenas em locais específicos da região da Bahia e do Espírito Santo.

Os principais fatores que colocam este animal em risco de extinção no Brasil estão relacionadas à destruição do seu habitat, que sofre a ação do desmatamento e das queimadas.

Ariranha (Pteronura brasiliensis)

Também chamado de lobo-do-rio ou lontra-gigante, o nome ariranha vem da língua tupi, que significa “onça d’água”. Ela é um mamífero endêmico da América do Sul sendo encontrada no Pantanal e na Amazônia.

A ariranha é um animal semiaquático que habita regiões úmidas, como margens de rios, lagos e pântanos. Este mamífero é tido como um dos maiores carnívoros do subcontinente sul-americano, elas podem chegar a viver aproximadamente 20 anos na natureza.

Um dos principais fatores colocam este animal em risco de extinção no Brasil é a destruição e poluição do seu habitat natural. A mais significativa fonte de poluição é a mineração, devido à contaminação de mercúrio usado para a extração de minérios nos rios.

Outros fatores que têm colaborado para a redução da população de ariranhas são: a expansão da urbanização, caça ilegal e a pesca predatória. Além disso, pescadores costumam abater este animal devido a competição que elas geram na pesca.  

Todos estes fatores, que foram avaliados e observados pela IUCN, geraram dados sobre o estado de conservação da ariranha a classificam como uma espécie “em perigo” (EN).

Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)

Assim como o panda, o mico-leão-dourado é um símbolo da luta pela conservação da biodiversidade no mundo todo. As primeiras ações para a preservação da espécie começaram nos anos 1970 quando sua situação era consideravelmente crítica.

Os esforços aplicados até hoje resultaram no aumento do número dessa espécie na natureza. Atualmente existem cerca de 1000 indivíduos distribuídos em fragmentos do seu habitat natural, contudo isso não é suficiente para que ele saia da lista de animais em risco de extinção no Brasil.

Publicada em 2014, a "Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção” do Ministério do Meio Ambiente, classificou o mico-leão-dourado como uma espécie em perigo de extinção (EN). Além disso, este mamífero também está incluído na lista vermelha da IUCN.

O mico-leão-dourado é endêmico da Mata Atlântica, que originalmente englobava as regiões do Rio de Janeiro até o Espírito Santo.  Hoje existem apenas fragmentos florestais na Bacia do Rio São João, localizados em alguns municípios do Rio de Janeiro.

Sendo esta a principal causa da vulnerabilidade e do risco de extinção do mico-leão-dourado: a fragmentação do seu habitat. Desde a época da colonização do Brasil a Mata Atlântica vem sendo explorada e destruída.

A fragmentação é o resultado de atividades agropecuárias e extrativistas, ocupação e crescimento desordenado das zonas costeiras da Mata Atlântica. Outro fator crítico que contribui para a vulnerabilidade dessa espécie é o tráfico de animais.

Macaco-Prego-Galedo (Sapajus flavius)

Dados do ICMBio, mostram que desde quando que se tornou conhecida, descrita e estudada, isso há aproximadamente 10 anos, a população do macaco-prego-galego teve redução de cerca de 50%.

Segundo a IUCN, o macaco-prego-galego é uma espécie criticamente em perigo (CR). E de acordo com a categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil, ela é classificada como “em perigo” (EN).

Essa espécie de macaco é nativa do Brasil e supõe-se que existam em torno de mil indivíduos que estão espalhados em fragmentos seu habitat natural, na Mata Atlântica Nordestina, que compreende os estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Um dos principais fatores que contribuíram para colocar este animal em risco de extinção no Brasil foi a perda de habitat, que teve uma redução de aproximadamente 70% nos últimos 40 anos.

Outros fatores estão, também, relacionados com a ação humana, como: desmatamento para a expansão canavieira, assentamentos ruais, expansão urbana e aumento da matriz rodoviária; incêndios; a caça e a apanha.

Cervo-do-Pantanal (Blastocerus dichotomus)

Pelos critérios da IUCN o cervo-do-pantanal é considerado uma espécie vulnerável (VU). E de acordo com a classificação do Livro Vermelho do ICMBio de 2016, este é um animal em risco de extinção no Brasil.

Como o próprio nome indica, o cervo-do-pantanal é encontrado nestas regiões do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, podendo ser encontrado também nos biomas da Amazônia e Cerrado. Ele é considerado o maior cervídeo da América do Sul.

Os fatores que têm contribuído para a redução da população dessa espécie são: a caça excessiva, que além de tudo é ilegal, e a perda de habitat. A redução do meio onde o cervo-do-pantanal vive é causada pelo desmatamento, pela construção das hidrelétricas e grandes barragens, que elimina as áreas de várzea.

Baleia-franco-do-sul (Eubalaena australis)

A baleia-franco-do-sul é classificada como espécie de Baixo Risco (LC), mas que depende de conservação pela IUCN. Em meados da década de 70 esta espécie chegou a ser considerada extinta, na região de Santa Catarina, devido a caça.

A baleia-franco-do-sul vive no hemisfério sul. Anualmente, no período reprodutivos (julho a novembro), elas migram das águas geladas onde vivem, como a Ilha da Geórgia do Sul e da Península Antártica, até o litoral brasileiro. Este trajeto tem aproximadamente 3 mil quilômetros.

Ele sofre com a caça e pesca e com a poluição das águas.

Segundo o Instituto Australis, que gere o Projeto Baleia Franca, a balei-franca geralmente é avistada no litoral de Santa Catarina, principalmente nas cidades de Laguna, Imbituba, Garopaba e Florianópolis.

A população atual desta baleia é de aproximadamente 7 mil exemplares. Elas costumavam ser alvo de caçadores, sobretudo para a retirada da sua espessa camada de gordura corporal, que era transformada em óleo utilizado para iluminação.

Mesmo que hoje a caça não represente mais um fator determinante para colocar este animal em risco de extinção no Brasil, outros fatores ainda ameaçam a conservação dessa espécie, como: a perda e modificação de habitat, colisões com navios, poluição marinhaaquecimento global e a captura acidental por barcos de pesca.

Peixe-boi-da-Amazônia (Trichechus inunguis)

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), este mamífero aquático é um animal em risco de extinção no Brasil, classificado na categoria "em perigo" (EN).

De natureza extremamente dócil, o peixe-boi-da-Amazônia é um mamífero aquático herbívoro que é encontrado na bacia do Amazonas, desde Marajó até o Peru e o Equador.

No passado, o peixe-boi-da-Amazônia foi alvo de intensa caça predatória. De acordo com pesquisas, estima-se que atualmente existem cerca de 500 indivíduos distribuídos nos estados do Alagoas e Amapá.

Hoje em dia, além do encalhe de filhotes, os principais fatores de ameaça a esta espécie estão relacionados à ação humana, como: poluição, destruição do habitat natural, colisões com barcos, captura acidental em redes de pesca e a caça ilegal.

Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)

Nos parâmetros da lista de espécies ameaçadas da IUCN, o tamanduá-bandeira é classificado como vulnerável (VU). E de acordo com a última avaliação da instituição a população dessa espécie sofreu uma redução superior a 30% nas últimas três gerações.

Este animal recebe esse nome por causa da sua cauda tem forma de uma bandeira. Em algumas regiões do Brasil eles são chamadoes pelos nomes: tamanduá-açu, tamanduá-cavalo, papa-formigas-gigante, urso-formigueiro-gigante, iurumi, jurumim.

O tamanduá-bandeira vive em campos, áreas abertas e florestas tropicais. Portanto ele pode ser encontrado em todos os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado e Pampa. Mas pesquisas recentes registraram que ele já foi extinto dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Apesar de ser amplamente distribuído nos biomas nacionais, o tamanduá-bandeira enfrenta o problema das extinções locais, principalmente por causa da perda e fragmentação do seu habitat natural, pelo desmatamento decorrente da expansão agropecuária, incêndios, caça e atropelamentos.

Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)

O lobo-guará é considerado um animal em risco de extinção no Brasil segundo avaliação do Ministério do Meio Ambiente e do ICMBio. O número estimado dessa espécie na região dos Pampas, atualmente, é de aproximadamente 50 indivíduos.

Tido como a maior espécie de canídeo das Américas, o lobo-guará é um animal de natureza curiosa, que costuma se aproximar de povoações. Contudo, devido ao seu porte ele costuma assustar a pessoas que o consideram agressivo.

Diferentemente de outras espécies de lobo que vivem em matilha, o lobo-guará é um animal de hábito solitário. Este animal pode ser encontrado em regiões abertas, como campos e matas de capoeira, ocupando os biomas do Cerrado, Pantanal e Pampas, ele também pode ocorrer em regiões de transição para a Caatinga e Mata Atlântica.

A causa principal para a redução da população do lobo-guará está vinculada ao desmatamento e destruição do seu habitat, e ocupação humana pela expansão urbana. Em alguns encontros com pessoas em fazendas eles costumam ser caçados por estar se alimentando das galinhas desses produtores.

Outro fator são os atropelamentos. Esses acidentes costumam acontecer quando esses animais tentam cruzar as estradas para se deslocar ou estão no meio da rodovia tentando se alimentar de carcaças de outros animais.

Gato-macarajá (Leopardus wiedii)

O gato-maracajá, da família dos felinos, que sofreu durante décadas com a caça para a comércio de pele. De acordo com o Livro Vermelho do ICMBio, o felino é considerado um animal em risco de extinção no Brasil e “quase ameaçada” (NT) pela IUCN.

De acordo com estimativas, existem entre 4 e 20 mil indivíduos na natureza e a tendência é que esse número diminua. Ao longo de 15 anos, que representa três gerações, a perspectiva é que haja uma queda de 10% no número de gatos-maracajás.

Esta espécie é encontrada com maior frequência na Amazônia e na Mata Atlântica, podendo ocorrer também no Cerrado, Pampa e Pantanal. Como a sobrevivência da espécie está diretamente ligada à habitats florestais, o desmatamento e a perda de habitat são uma grande ameaça.

Onça-pintada (Panthera onca)

Nos parâmetros do Ibama a onça pintada é considerada um animal em risco de extinção no Bransil, na categoria “vulnerável”. E segundo a IUCN, ela é classificada como "quase ameaçada" (NT) de extinção.

Considerada o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, depois dos apenas dos tigres e leões. Em diferentes regiões a onça-pintada recebe outros nomes, como: onça-preta, jaguar, jaguaretê, yaguareté, tigre, canguçu, pintada, pinima, pinima-malha-larga e pixuna.

No Brasil, ela pode ser encontrada em praticamente todos os biomas brasileiros. A distribuição e o fato de vulnerabilidade variam de acordo com o bioma:

  • Pantanal e Amazônia: “Quase ameaçada”. Estas regiões abrigam a maior população de onças do mundo, graças ao tamanho desses biomas e disponibilidade de recursos.
  • Mata Atlântica e Caatinga:“Criticamente ameaçada”. Somando a população dos dois biomas estima-se que existam menos de 600 indivíduos de onça-pintada. Há previsões de que a espécie esteja extinta nessas regiões em torno de nove décadas.
  • Cerrado: “Em perigo”. As populações dessa espécie nesta região reduziram em mais de 50% nos últimos 25 anos.
  • Pampa: “Extinta”.    

 Apesar da redução e destruição do seu habitat natural, por desmatamentos, queimadas e poluição, ser um fator importante para sua vulnerabilidade, a causa mais alarmante para a redução das populações de onças pintadas é a caça e o contrabando.

A pele da onça-pintada possui grande valor no mercado mundial, sendo usada para a produção de adornos e de objetos: tapetes, sapatos, bolsas, casacos etc. Mas vale frisar que matar esses animais é considerado um crime ambiental na maioria dos países onde ela ainda existe.

Medidas de preservação e recuperação

Vale ressaltar que a extinção das espécies é um processo natural e característico da evolução, levando em conta a seleção natural. Portanto os seres que se adaptam melhor sobrevivem e reproduzem.

Ao longo da história da Terra milhares de animais desapareceram, contudo, hoje em dia a ação humana tem sido a principal causa da degradação e interferência desequilibrada do habitat, e, consequentemente da redução drástica da fauna e flora no mundo.

A partir do século XIX começaram a ser articulados movimentos sociais e políticos para a preservação do meio ambiente e da biodiversidade chamadas de conservacionismo, que defende uma exploração sustentável dos recursos naturais.

Atualmente esse movimento é representado em nível global pela IUCN. Desde 1948 a organização tem cooperado com governos, comunidades e outras instituições, por meio da troca de conhecimento científico e experiências a fim de limitar e reduzir o impacto humano nos ecossistemas e melhorar o bem-estar dos animais.

Uma forma foi a criação da lista vermelha, que facilita a classificação e determina parâmetros claros para categorizar os níveis de vulnerabilidade das espécies. Existem duas listas no que informam sobre os animais em risco de extinção no Brasil, uma para a fauna e outra para peixes e invertebrados aquáticos.

Além de trazer um alerta, essas listas facilitam o monitoramento e um conhecimento concreto sobre a situação desses seres vivos no meio ambiente o que possibilita ações de preservação e proteção mais eficazes.

Algumas medidas que são tomadas, para a proteção e conservação dos ecossistemas são:

  • criação de animais em cativeiro, que depois são reinseridos na natureza;  
  • criação de reservas naturais e espaços protegidos para as espécies ameaçadas;
  • combate ao tráfico de animais selvagens, a introdução de espécies invasoras e a caça e pesca descontroladas;
  • redução das emissões de CO2, e outros gases de efeito estufa;
  • promoção de produção sustentável de alimentos, consumo responsável e uma educação ambiental.

Graças as essas medidas e iniciativas, mais de 200 espécies que constavam em listas anteriores deixaram de entrar em listas atualmente em vigor ou mudaram posicionamentos. Desse número temos: 88 animais terrestres e 82 aquáticos, como o mico-leão-dourado e a baleia Jubarte.

Projetos nacionais

  • Iniciativas de proteção à vida marinha: Projeto Tamar; Projeto Delphi; Projeto Baleia Jubarte; Projeto Golfinho Rotator; Projeto Viva o Peixe-Boi-Marinho e Projeto Baleia Franca. 
  • Projetos de prevenção a extinção de animais terrestres: Plano de Ação Nacional para a Conservação da Onça-Pintada; Associação Mico Leão Dourado; Fauna Ameaçada (Ministério do Meio Ambiente); Animais em Extinção na Amazônia e e Projeto Puma.

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