Dia mundial da água

Saiba mais sobre esta comemoração, como surgiu, e que impacto traduz para os nossos dias atualmente.

Atualmente comemorado no dia 22 de março, o evento conhecido como “Dia mundial da água” nasceu da intenção de conscientizar as pessoas para o uso correto deste recurso natural, mas que possui níveis altamente variáveis de abundância e escassez, de acordo com as regiões.

O objetivo principal da data é alertar a população internacional para a preservação da água como consequência direta de sobrevivência dos ecossistemas do nosso planeta.

Por isso, ao longo dos anos a data movimenta inúmeros órgãos em defesa da causa, procurando abordar temas diferentes todos os anos. Água limpa e potável é um direito garantido por lei, mas sabemos que na prática apenas 0,7% de toda água mundial pode ser considerada potável.

Porém, é válido lembrar que nesse percentual restante de água não-potável está inclusa a água salgada, onde sabemos hoje que é possível torná-la própria para consumo através de processos de dessalinização.

Origem do Dia Mundial da Água

O dia foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) através da resolução A/RES/47/193 de 21 de fevereiro de 1993, determinando o dia 22 de março como data mundial para o evento.

O evento instituído oficialmente se dispõe a realizar atividades de reflexão sobre o significado da água para a vida na Terra. Também nesta data a ONU lançou o documento “A Declaração Universal dos Direitos da Água”, uma forma de estatuto que se refere a este recurso mineral apresentando uma lista de normas, nas quais citamos:

  1. A água faz parte do patrimônio do planeta;
  2. A água é a seiva do nosso planeta;
  3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
  4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
  5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
  6. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
  7. A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
  8. A utilização da água implica respeito à lei;
  9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
  10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Embora a falta de água já seja uma realidade para muitos países em diversas regiões, pesquisas apontam estimativas que preveem uma escassez ainda maior para os próximos 20 ou 30 anos, em nível mundial. No Brasil, dados do governo apontam uma realidade que abrange cerca de 900 municípios afetados pela seca.

Entidades como a Unesco e ABDI, trabalham com incentivos em projetos de gestão e uso eficiente de água. Mas é importante lembrar que essa triste realidade não é algo que afeta apenas as regiões menos favorecidas ou de interior, pois a pesquisa também constata regiões cujas áreas são consideradas como grandes centros também enfrentam problema de racionamento.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) entende como prática sustentável e método de reversão para a crise hídrica no Brasil, a iniciativa em tornar as cidades inteligentes, ou seja, criar soluções de reuso da água da chuva ou mesmo a usada em tarefas domésticas cotidianas.

Com isso, estima-se uma economia de 30 a 40% do consumo geral de água própria para consumo. Mas apesar de todo o esforço empregado em investimentos tecnológicos para esse fim, é de suma importância que todos se conscientizem da importância que a água possui, de forma a evitar desperdícios desnecessários, contribuindo a curto e longo prazo para o bom funcionamento do planeta.

Por Alan Lima 

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