Anarquismo

O movimento anarquista teve início a partir do século XIX, influenciada pela Segunda Revolução Francesa, o socialismo e o comunismo. São características do anarquismo a luta pela liberdade, igualdade e por uma sociedade sem governo.

Anarquismo é um conceito ideológico que tem como objetivo criticar a hierarquia, a dominação do Estado sobre a população, assim como a dominação econômica, cultural, racial, de nacionalidades e de gêneros.

Os anarquistas são totalmente a favor da autogestão, do federalismo, da liberdade e igualdade, mobilizando a classe trabalhadora para uma revolução social, no qual todos acreditam e apoiam a igualdade de todos, em todos os termos (sociais, políticos e econômicos), a solidariedade entre os povos e a liberdade individual e coletiva.

A ausência de governo e a democracia direta

Anarquismo é uma palavra originada do grego “anarkhia”, cujo significado é “ausência de governo”. Sendo assim, os anarquistas seguem a teoria de que o povo pode governar a si mesmo, sem influência de alguém que esteja acima deles.

Isso significa que quem segue essa doutrina política condena as eleições e qualquer forma de representação onde existe uma pessoa com mais poder que outra. Ao contrário disso, os libertários – como são chamados os anarquistas por negarem as autoridades – defendem a democracia direta, onde os cidadãos se organizam e se ajudam voluntariamente, sem que haja uma hierarquização.

Apesar de alguns seguidores dessa doutrina terem optado pela violência como forma de conseguir o que desejam (destruir o Poder), o anarquismo não está, necessariamente, relacionado a atos violentos. São indivíduos que acreditam que a educação – formal, não-formal e informal – seja o caminho mais importante para uma sociedade justa, igualitária e livre.

Como surgiu o anarquismo?

O anarquismo surgiu em um momento em que o capitalismo se fortalecia no mundo, no século XIX, tendo sido inspirado pelos pensamentos de Pierre-Joseph Proudhon.

Esse conceito ganhou força graças a Segunda Revolução Industrial, cujas ideias expressavam a necessidade da liberdade individual e da igualdade para todos, e do socialismo e comunismo que atuavam para favorecer os trabalhadores.

Um país anarquista: como seria?

Muitas pessoas podem achar estranho um país sem governo, sem autoridades para ditar regras, impor limites e cuidar da economia. No entanto, o anarquismo possui ideias revolucionárias para que todos possam viver em harmonia e em prol de um bem comum.

Em um país anarquista, a sociedade teria autogestão, com grupos em diversos locais para atuar em vários objetivos, substituindo o Estado que, segundo a teoria deles, visa apenas o lucro e o poder para si, aumentando impostos, dificultando o acesso à educação e ao trabalho, além de estimular cada vez mais o capitalismo desenfreado.

Numa gestão anárquica, a ética seria um fator primordial para que todos da comunidade pudessem conviver pacificamente, sem divisão da cultura, economia, política e ideologia. O uso social da propriedade privada defendida no anarquismo sugere a coletividade de todos os produtos essenciais na vida de alguém, tais como, matérias-primas, máquinas, ferramentas, meios de transporte, fontes de energia, etc.

A ideia é que cada um produza aquilo que vai realmente usar, sem supérfluos, apenas visando a necessidade do povo e, com isso, não dando margem a lucros excedentes como costuma acontecer em uma sociedade capitalista.

As dominações de classes, o machismo, o imperialismo e o racismo, por exemplo, são considerados prejudiciais em uma sociedade que pretende ser mais justa e livre.

O anarquismo e a violência

Como já mencionado neste artigo, apesar de estar associado a atos violentos, nem todos os seguidores da doutrina anárquica cometem violência, ou seja, não é uma característica dessa ideologia.

Ainda assim, quando o fazem é para se defender das reações das classes dominantes, pois o intuito do anarquismo é apoiar a revolução social, e a educação como meio importante para a transformação social.

A revolução social nada mais é que livrar a sociedade de todo tipo de dominação, incluindo a dominação de classes e os preconceitos que dividem os cidadãos e afastam as classes trabalhadoras, oprimidas e marginalizadas daquilo a que todos têm direito: igualdade, solidariedade, liberdade, felicidade e apoio.

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