Aquecimento global

Aquecimento global: conceito, polêmicas (os defensores e os opositores), efeitos no planeta.

O aquecimento é caracterizado pelo aumento considerável da temperatura terrestre, causado principalmente pela intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um processo vital para manutenção da vida na terra, pois com ele o planeta consegue se manter aquecido.

Entretanto, a maior parte dos pesquisadores e profissionais da área ambiental acredita que os atuais padrões de consumo e de produção acabam por intensificar o aumento do efeito estufa, pois há o aumento da emissão dos gases causadores do efeito estufa (GEE).

Desta forma, o aquecimento global é processo ocorrido após a intensificação do efeito estufa. Neste processo, a radiação advinda da luz do sol atinge a Terra e é absorvido-retida pelos gases presentes na atmosfera, os quais voltam para a superfície terrestre na forma de radiação infravermelha (ondas de calor).

Os principais gases que absorvem a radiação solar e produzem radiação infravermelha (os GEEs), são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).

Discussão

O aquecimento global está longe de um consenso. Há, pelo menos, duas correntes básicas que se enfrentam:

  • A que acredita que o aquecimento global é um alarmante para a continuidade da vida na terra: tal corrente associa o fenômeno ao aumento exorbitante da industrialização e da emissão de gases (principalmente pós Revolução Industrial), ao uso intensivo dos recursos naturais, ao crescente aumento do desmatamento e a diversos outros fatores que trazem malefícios ao meio ambiente.
  • A que acredita que não existe aquecimento global causado por fatores antrópicos (associado ao homem): tal linha de pensamento enfatiza que o aumento da temperatura terrestre esta associado a um processo natural, acredita-se que o planeta está em processo para uma nova era do gelo e que já houve anteriormente um aumento da temperatura terrestre em cerca de 10 graus anteriormente a primeira era do gelo. Outra justificativa é o ciclo de Gleisberg (períodos de atividade mínima e máxima do sol), que pode explicar as variações na temperatura, sendo que o CO2 e outros gases seriam incapazes de trazer malefícios desta proporção.

Ambas as visões do fenômeno possuem bases cientificas e bons argumentos para justificar suas hipóteses. Como mencionado anteriormente, não há um consenso sobre o tema.

Mas um aspecto que deve ser considerado é que a primeira corrente (a que acredita que existe um aquecimento global intensificado por atividades humanas), desde a década de 60, realiza pesquisas sobre o tema, enquanto que as pesquisas contrárias começaram há pouco tempo.

Outro ponto importante é que órgãos públicos de interesses coletivos publicam constantemente materiais que corroboram a existência da intensificação do aquecimento global, como é o caso do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Este órgão publicou recentemente (2012) o livro “Fundamentos científicos das mudanças climáticas”, o qual discute os pontos da oposição, alegando que muitas das interpretações são feitas de forma superficial.

Em um dos trechos do livro do INPE é dito “se fosse um processo natural teria de ser explicado o que justifica o planeta se aquecer em uma velocidade tão espantosa, completamente diferente do que conhecemos por vários milhões de anos [...]”.

No entanto, é comum que apareçam pesquisas que desmistifiquem de alguma forma teorias que vão contra o sistema. O mesmo aconteceu quando os malefícios do cigarro começaram a ser questionados pela ciência, uma vez que havia um grupo que desmistificava tais efeitos. Isso resultou em um atraso de mais de 10 anos na elaboração de políticas públicas de controle ao tabagismo.

Contudo, a maior conclusão sobre o assunto é que o ritmo da produção e do consumo precisa ser diminuído, existindo ou não aquecimento global. O efeito em curto prazo deste padrão tem causado impactos ambientais e sociais diversos e irreversíveis. 

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