Faixa de Gaza

Conheça a história e conflitos que cercam a Faixa de Gaza, alvo de guerra política e religiosa entre israelenses e palestinos.

A Faixa de Gaza é um pequeno território bastante povoado (cerca de 1 milhão e 657 mil habitantes), situado entre o Egito e Israel, e próximo do Mar Mediterrâneo. Trata-se de uma região pequena, que vive intensos conflitos entre israelenses e palestinos por causa de uma guerra de território que começou na metade do século 19, quando um grande número de judeus de diferentes países migraram para a Palestina.

A região da Faixa de Gaza, até então, árabe, passou a ser judaica devido à população que crescia cada vez mais. Diante dos confrontos, em 1947, a ONU (Organização das Nações Unidas) dividiu o território para ambos os povos, mas o que deveria ter sido uma atitude de paz, tornou-se uma guerra civil entre árabes e judeus.

A guerra dos seis dias e a ocupação da Faixa de Gaza

Com a criação do Estado de Israel e a saída dos britânicos do mandato na Palestina, um conflito foi gerado com a tentativa de invasão ao novo Estado. Entretanto, os israelenses conseguiram ocupar a região destinada aos palestinos.

Após os conflito, Egito ganhou o controle da Faixa de Gaza, enquanto a Cisjordânia foi dominada pela Jordânia. Mas essa ocupação durou até uma nova guerra se instalar entre Israel e as nações do Egito, Jordânia e Síria, chamada de Guerra dos Seis Dias, no final da década de 60.

A guerra teve início a partir do momento em que o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser solicitou que a ONU retirasse as forças de Paz que estavam na região há 10 anos, ou seja, desde 1957.

Além disso, o Egito bloqueou o acesso marítimo a Israel, no estreito de Tiran, impedindo o acesso ao mercado asiático e o recebimento de petróleo por parte do Irã.

As nações que “compraram briga contra o Estado judeu estavam animados com a vitória iminente, mais ainda pelo pânico dos israelitas diante da possível derrota, visto seu território pequeno e a alta população. Uma guerra, que não foi pretendida por Israel, dizimaria todo o Estado.

Entretanto, para a surpresa dos próprios israelenses, o Estado venceu a guerra dos seis dias rapidamente, usando a estratégia militar de atacar de surpresa, neutralizando os árabes e sírios ao destruir quase 100% da Força Aérea inimiga.

Como consequência, Israel aumentou seu território ao tomar posse da Península do Sinai do Egito, as colinas de Golã da Síria, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (incluindo a Jerusalém oriental).

Israel devolve Faixa de Gaza a Palestina

As tentativas da ONU de convencer Israel a retirar suas tropas dos territórios palestinos eram ignoradas, principalmente porque parte da população israelita queria Jerusalém oriental como capital. Por outro lado, pelo ponto de vista geográfico, Jerusalém oriental pertencia a Palestina, e eles desejavam-na para ser capital também.

Foi em 2005 que Israel retirou suas tropas da Faixa de Gaza, devolvendo aos palestinos. Ainda assim, o controle marítimo e das fronteiras de Gaza continua nas mãos do Estado judeu.

A guerra entre Hamas e Israel

Quando tudo parecia ter sido resolvido, eis que um grupo fundamentalista islâmico, conhecido como Hamas, venceu as eleições parlamentares palestinas, tomou o controle de Gaza, separou-se da Fatah (movimento político e militar da palestina, comandado por Mahmud Abbas) e sofreu discordância por parte de Israel, Estados Unidos e países europeus.

O governo de Israel não aceita a presença do Hamas, pois considera um grupo terrorista. E o Hamas não reconhece Israel com um Estado. Por conta do controle israelense sobre as fronteiras de Gaza e a limitação de produtos e até de pessoas entre ambos os territórios, Hamas e Israel iniciaram confrontos que já mataram milhares de pessoas, em sua maioria, palestinos.

Diante de tudo isso, o fato é que a Faixa de Gaza se tornou palco de atentados, bombardeios, revolta popular, e tentativas frustradas de paz.

Acordo de paz x resistência

Os acordos de paz são dificultados porque nenhum dos dois povos querem ceder e aceitar as leis internacionais. Entre essas leis ou condições, estão Israel aceitar dividir Jerusalém com a Palestina, desocupar a Cisjordânia e liberar o retorno dos palestinos refugiados à sua região de origem.

Do lado da Palestina, existe o interesse em que se resolvam quatro pontos desse conflito para que, assim, haja paz:

  • Quer de volta a Jerusalém oriental;
  • Retorno dos palestinos refugiados a suas terras;
  • Retirada dos colonos israelenses de sua região;
  • Tornar-se um Estado independente.

Apesar de inúmeras tentativas, não há uma perspectiva de que a guerra vai acabar, principalmente após Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, ter declarado Jerusalém como capital de Israel, causando polêmica no cenário internacional.

Consequências do conflito

Como dissemos, a Faixa de Gaza permanece imersa em constantes conflitos, mesmo após a reconciliação de Hamas com a Fatah em outubro de 2017 e o anúncio de um governo de unidade nacional. A situação em Gaza é de extrema miséria, desemprego, falta de água e eletricidade, somando com os bloqueios de produtos por parte dos egípcios e israelitas.

Já é previsto um colapso total desde que os Estados Unidos – maior doador de recursos à UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos) – decidiram reduzir o valor de contribuições (de $ 360 para $ 60 milhões de dólares). Portanto, a Faixa de Gaza vive uma crise humanitária, como resultado de toda essa guerra que perdura por várias décadas.

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