Tipos de climas no Brasil: características e suas principais diferenças

Tipos de climas no Brasil: com proporções continentais, o país apresenta seis diferentes tipos de clima. Entenda as classificações e principais características.

Não por acaso Jorge Ben Jor canta glórias ao clima do Brasil tropical e bonito por natureza. O país, localizado nas áreas mais baixas da latitude, encontra-se predominantemente entre a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio. Por isso, existem seis tipos de climas no Brasil.

Justamente devido a sua localização, o clima do Brasil pode ser definido, de uma maneira geral, pelo clima tipicamente tropical, onde o sol reina com calor e as massas de ar distribuem umidade e brisa por todo o continente.

Sendo considerado o 5º maior país em extensão territorial, o Brasil também é dono de uma das maiores biodiversidades do planeta. Devido ao seu tamanho de proporções continentais, o país recebe influências de diferentes tipos de clima, desenvolvendo particularidades próprias em cada região.

Clima

O clima compreende um padrão de medida de temperatura média presente na atmosfera terrestre. Tendo como principal ferramenta a estatística, o clima é uma pesquisa meteorológica e geográfica, definida pelas variações relevantes do tempo analisados por um período relativo, que pode ir de meses a milhões de anos.

Segunda a Organização Mundial da Metereologia (OMM), o período clássico para a definição de clima de uma determinada região é de 30 anos. Durante esse período de investigação, são observadas mudanças na superfície como temperatura, precipitação e vento.

Num sentido mais amplo, o clima é o estado do "tempo metereológico médio" definido pelas descrições estatísticas estabelecidas pelo sistema global da climatologia.

No mundo, existem dez tipos principais de classificação de clima. Eles são conhecidos como Equatorial, Tropical, Subtropical, Desértico, Temperado, Mediterrâneo, Semi-Árido, Continental Árido, Frio da Montanha e Polar.

Os fatores climáticos, por sua vez, são os elementos naturais e humanos com capacidade de influenciar nas características e dinâmicas do clima.

Entre os principais fatores que determinam os climas do Brasil e do mundo podemos elencar a latitude, a altitude, as formações de massas de ar, as precipitações pluviométricas, o relevo, a vegetação e a pressão atmosférica.

Além desses aspectos, também são considerados os fatores da maritimidade, que corresponde à proximidade de um local com o mar, e a continentalidade, que diz respeito à distância de um local em relação ao mar.

As correntes marítimas, que podem acumular grandes quantidades de calor e influência sobre as massas de ar, bem como as posições das órbitas terrestres, —  que modificam em graus a incidência da luz do sol sobre as regiões — , também estão entre os principais fatores que definem o clima de uma determinada localidade.

Mapa Geral do Clima do Brasil

O Brasil é conhecido pela sua grande diversidade climática, uma vez que o país apresenta uma grande extensão territorial com diferenças no relevo, altitude, dinâmica das massas de ar e correntes marítimas.

As propriedades de cada um esses fatores influenciam diretamente na especificação do clima de cada região, bem como na vegetação particular de cada área.

Cerca de 93% do território brasileiro está assentado no Hemisfério Sul do planeta, sendo que outros 7% encontram-se no Hemisfério Norte. Essa posição consolida o Brasil na Zona Intertropical, definida pelas zonas de baixas latitudes, com climas quentes e úmidos.

Outro fator relevante para a determinação dos climas no Brasil refere-se à amplitude térmica, relacionada às médias anuais de temperatura máximas e mínimas.

Quanto mais próximo da linha do Equador, menor a amplitude. Portanto, nas regiões próximas ou cortadas por essa zona, como a região amazônica, no norte do país, são comuns as temperaturas altas com variações de menor intensidade.

Da mesma maneira, quanto mais distante da Linha do Equador maior é a diferença entre as temperaturas máximas e mínimas. Assim, na região sul do país, as variações de temperatura são maiores com estações do ano bem definidas, com verões de temperatura elevada e invernos extremamente rigorosos.

Dentre os critérios utilizados no Brasil para classificar os diferentes tipos de clima relaciona-se à origem, natureza e, principalmente, movimentação das massas de ar existentes no país, que são as equatoriais, tropicais e polares.

Devido ao seu tamanho de proporções continentais, há diversos tipos de climas no Brasil. O estudo científico divide o território em seis tipos de clima principais, sendo eles: Equatorial, Tropical, Tropical Semiárido, Tropical de Altitude, Tropical Atlântico e Subtropical.

Tipo de Climas do Brasil

Cortando e dividindo o país de acordo com suas zonas térmicas, o estudo apresentará a seguir as regiões brasileiras seccionadas pelos seus seis principais tipos de clima.

Os fatores climáticos analisados para a definição das regiões serão o posicionamento geográfico, as temperaturas médias e o regime de chuvas em cada localidade.

É importante ressaltar que as temperaturas no Brasil são definidas pela escala Celsius (unidade °C), também conhecidas como a escala centígrada, a mais comum da escala termométrica usada na maioria dos países do mundo.

Além disso, as zonas definidas pelos fatores climáticos não se limitam às fronteiras geográficas — estaduais e municipais. Desta feita, podemos encontrar diferentes tipos de clima em um mesmo estado. Acompanhe:

Clima Equatorial

Esse clima brasileiro está presente no Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá, grande parte do Pará, norte do Mato Grosso e oeste do Maranhão.

Com temperaturas que se mantém estáveis ao longo de todo ano, com calor, umidade e chuvas bem distribuídas, os reflexos das estações do ano são quase inexistentes nessa área.

Nessa área, o regime de chuvas, determinado pela movimentação das massas de ar, costumam ser intensos, com média acima dos 4.000 milímetros por ano.

Como exemplo, podemos citar a cidade de Calçoene, no Amapá, a cidade onde mais se chove em todo o país.

A Floresta Amazônica contribui significativamente para o clima da região. Isso porque as plantas participam do processo de evapotranspiração.

A existência dos grandes rios como o Amazonas, Juruá e o Purus contribui ainda mais para o aumento de chuvas, a partir da evaporação.

A média anual de temperatura é de 25 º C com sensação térmica de até 40 º graus. No verão, a temperatura máxima pode atingir até 35 º C.

Já no inverno, a região pode receber a influência de frentes frias, em decorrência do movimento de massas de ar vindas do polo sul.

Nessas ocasiões, ocorre o fenômeno chamado de friagem, com quedas bruscas de temperatura que podem chegar a 10 ºC.

Predominante em toda a Região Norte e em parte do Centro-Oeste e Maranhão, o clima equatorial, localizado nas proximidades da linha do Equador, também encontra subdivisões.

A porção leste de Roraima e noroeste do Pará apresentam uma estação seca ente os meses de outubro e dezembro, sendo caracterizado pelo clima Equatorial Semiúmido.

Clima Tropical

O clima tropical brasileiro é encontrando no Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo, centro-norte de Minas Gerais, Bahia, Roraima e parte do Pará.

Caracterizado majoritariamente pelo alto índice pluviométrico e temperaturas médias mensais elevadas durante todo o ano, esse clima é classificado por duas estações bem definidas do ano: o inverno com temperaturas amenas e secas e verões quentes e chuvosos.

Na zona climática tropical, as temperaturas médias anuais são superiores a 22 º C e a amplitude térmica do ano varia até 7 ºC. 

As chuvas, que se concentram no verão, registram média de até 1.500 milímetros. Quanto à umidade, na região central do país predomina o clima de tipo tropical semi-úmido.

Clima Tropical Semiárido

O clima tropical semiárido brasileiro é influenciado pela presença do Planalto de Borborema, um paredão rochoso de quase 1.200 metros de altitude, que impede a chegada das massas de ar carregadas de chuvas vindas do oceano.

Com isso, essa região é caracterizada por longos períodos de estiagem, ou seja, falta de chuvas e altas temperaturas, com média anual de 27 graus.

Predominante da região nordeste, esse clima é encontrado nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e uma parcela do norte mineiro.

A região também é conhecida como o “polígono das secas”, apresentando elevadas temperaturas o ano todo e chuvas escassas e mal distribuídas ao longo do território.

Por causa da formação rochosa da Borborema, a média de precipitação de chuvas nessa área não ultrapassa os 800 milímetros por ano, o que torna a região carente de recursos hídricos e o solo pobre em nutrientes.

Um exemplo é a cidade de Cabaceiras, no interior da Paraíba, conhecida como uma dos municípios onde menos se chove no Brasil.

Tropical de Altitude

O clima tropical de Altitude é natural das áreas mais elevadas dos estados do Sudeste, podendo ser localizado nas regiões de áreas serranas dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte do Paraná, no sul.

O termômetro anual marca médias de 18° C a 22° C, sendo ainda mais frio nas áreas mais altas do relevo. Justamente pela altitude mais elevada, esse clima apresenta as temperaturas mais baixas de todo o domínio tropical, com médias inferiores a 18 ºC.

No inverno, apresenta amplitude térmica anual de 7º C a 9° C, com regime de chuvas semelhante ao do clima tropical. A entrada de frentes frias durante essa estação do ano pode até provocar geadas.

A cidade de Maria da Fé, em Santa Catarina, é um exemplo típico de região onde predomina o clima tropical de altitude. Sendo localizado a 1.500 metros de altura, o município é considerado um dos mais frios de Minas Gerais.

Assim como o clima tropical, o clima de altitude apresenta duas estações do ano bem definidas, com verões quentes e invernos que podem gerar geadas nos dias mais frios. O regime de chuvas é de 1.500 milímetros por ano, semelhante ao do clima tropical.

Tropical Atlântico

O clima tropical Atlântico, também chamado de tropical litorâneo, está presente na faixa litorânea que se estende desde o Rio Grande do Norte, no Nordeste, até o Paraná, no Sul, com temperaturas elevadas, por volta de 25° C.

As chuvas, sendo regulares e bem distribuídas sob esse clima, são mais intensas no Sul e no Sudeste durante o verão e no Nordeste, durante o inverno. A temperatura média do clima varia entre 18° C a 26° graus.

Seu nome se dá pela localização, presente nas zonas tropicais banhadas pelo oceano Atlântico. A influência das massas de ar originadas no oceano, chamadas de massa Tropical Atlântica, são decisivas para a definição desse clima.

Nessa região climática, entretanto, não há grandes variações entre as estações do ano. Sob a atuação da massa de ar Tropical Atlântica, o clima nessa região costuma ser quente e chuvoso durante todo o ano. O índice pluviométrico, por tabela, é abundante, com média de 1.500 milímetros anuais.

Clima Subtropical

O clima subtropical está localizado predominantemente nas porções do território brasileiro situadas ao sul do Trópico de Capricórnio, na Zona Climática Temperada do Sul.

Sua zona abrange os estados da região Sul, parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul, registrando temperaturas médias de 18° C, a mais baixa do país. O regime de chuvas, por sua vez, é regular e bem distribuído ao longo do ano.

Esse clima apresenta as quatro estações do ano bem demarcadas, com destaque para o verão quente e úmido e o inverno rigoroso, quando pode ocorrer a precipitação de geadas e até mesmo de neve.

As amplitudes térmicas variam entre 9° C e 13° graus. O índice pluviométrico varia entre 1.500 e 2.000 milímetros anuais.

As cidades de São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, e São Joaquim, em Santa Catarina, situadas nesta zona de clima subtropical, estão entre os exemplos de municípios mais frios do país.

Estações do ano

As estações do ano são subdivisões do ano baseadas em padrões climáticos. Segundo observações técnicas e científicas, o período anual foi dividido entre as fases da Primavera, Verão, Outono e Inverno, segundo as características próprias de cada período.

Em algumas regiões, entretanto, as distinções entre as estações não são aparentes e apresentam poucas diferenças, tornando a primavera e o outono pouco definidos.

O Brasil, por exemplo, assim como os países localizados na faixa tropical do planeta, não possuem as quatro estações bem definidas, predominando as particularidades do verão e inverno.

As estações variam conforme a exposição da Terra aos raios solares, ou seja, de acordo com os movimentos orbitais do planeta em relação ao Sol. Por esse mesmo motivo, os hemisférios do Sul e Norte apresentam estações opostas entre si.

Esses movimentos chamados de Translação (giro da Terra ao redor de seu próprio eixo) e Rotação (movimento do planeta ao redor do sol), juntamente com a inclinação do globo em relação ao astro, determinam as estações do ano.

Outono

  • No dia 20 de março entramos na estação do outono, que ocorre logo após o verão e termina antes do inverno. Essa fase do ano é caracterizada por temperaturas amenas e a queda das folhas das árvores.
  • Inicialmente, essa estação apresenta os dias e as noites com a mesma duração. Com o tempo, porém, os dias vão se tornando mais curtos durante a noite.
  • Período: 20 de março a 21 de junho.

Inverno

  • O inverno é considerado a estação mais fria do ano, quando as temperaturas sofrem quedas bruscas e pode até nevar em algumas localidades.
  • Durante essa fase, as noites são mais longas do que os dias e os animais ficam mais ociosos, podendo até hibernar. Com o encerramento do outono, o inverno se crava no dia 21 de junho, antecedendo o anúncio da primavera.
  • Período: 21 de junho a 23 de setembro.

Primavera

  • Diante da aparente pausa da natureza durante o inverno, a primavera ressurge anualmente, em setembro, ainda com temperaturas amenas e o desabrochar de flores e frutos.
  • Nessa fase, os dias vão se tornando mais longos e as temperaturas aumentam progressivamente, indicando a chegada do verão.
  • Período: 23 de setembro a 21 de dezembro.

Verão

  • O ciclo das estações do ano se encerra com a chegada do verão, logo após a primavera, antecedendo o tempo do outono, mais uma vez.
  • Neste período, as temperaturas são elevadas e os dias se tornam mais longos. As altas temperaturas geram calor e a evaporação mais rápida, com a presença constante de pancadas de chuvas fortes e rápidas.
  • Período: 21 de dezembro a 20 de março.

Solstício x Equinócio

Solstício e equinócio são fenômenos astronômicos que marcam o início das estações do ano e estão relacionados à incidência dos raios solares, bem como à inclinação da Terra, um dos principais fatores que determinam o tipo clima em uma determinada área.

Enquanto o equinócio marca o início do outono e da primavera, o solstício marca o início do verão e do inverno. Sendo que ambos os fenômenos acontecem duas vezes por ano.

Solstício

Do Latim solstitium, a palavra solstício significa “parada do Sol” e é determinado pelo repouso do Sol a pino na linha do Equador. Quando esse movimento ocorre, a luz solar reflete com maior intensidade em um dos hemisférios, resultando em uma luz menos intensa no hemisfério oposto.

Assim, nesse momento, a luz vai incidir perpendicularmente sobre o Trópico de Capricórnio ou sobre o Trópico de Câncer, a depender da orientação.

Esse fenômeno ocorre duas vezes por ano, no inverno e verão, marcando o início dessas estações climáticas em cada hemisfério. Em 21 de junho, ocorre o solstício de verão no Hemisfério Norte e o solstício de inverno no Hemisfério Sul.

Da mesma maneira, o dia 21 de dezembro marca a entrada do solstício de inverno no Hemisfério Norte e do solstício de verão no Hemisfério Sul.

Equinócio

Do Latim aequus (igual) + nox (noite), que significa “noites iguais”, o equinócio também ocorre duas vezes por ano, em decorrência da inclinação no eixo da Terra, marcando o início da primavera e do outono.

Desse movimento, resulta a incidência da luz solar diretamente sobre a faixa intertropical durante alguns meses do ano. Como os dois hemisférios estarão inclinados perpendiculares em relação ao Sol, eles irão receber a mesma quantidade de luz solar.

Essa é a explicação da duração de 12 horas, quase idênticas, entre o dia e a noite.  Além disso, os tempos dos equinócios variam de ano para ano, geralmente com seis horas de atraso, o que explica o movimento da translação completa da Terra levar 365 dias e algumas horas.

O fenômeno ocorre no dia 20 de março, com o início do equinócio da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul. Por sua vez, em 23 de setembro, ocorre o equinócio do outono no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul.

Latitude X Longitude

Latitude e Longitude são os nomes das coordenadas geográficas traçadas imaginariamente pelo homem na esfera da Terra, como referência de localização, também são determinantes para a especificação dos climas no planeta.

Os traços horizontais e verticais, também chamado de geodésia, dividem a superfície planetária em ângulos, graus, minutos e segundos. A latitude, representada pela letra grega “Φ” (phi), é medida a partir do Equador, variando entre 90° graus sul, no Polo Sul, e 90° graus norte, no Polo Norte.

Já a Longitude, representada pela letra grega “λ” (lambda), descreve a localização de um lugar na Terra medido de zero a 180° para leste ou oeste, a partir do Meridiano de Greenwich.

A Linha do Equador é responsável por dividir o planeta ao meio, na horizontal, enquanto o Meridiano de Greenwich faz o mesmo, na vertical. 

O Trópico de Câncer é um paralelo situado ao norte da Linha do Equador, que delimitam as zonas equatorial e subequatorial norte. Por fim, o Trópico de Capricórnio é um dos círculos de latitude que definem a zona tropical sul, bem como o clima subtropical.

O Brasil, estando localizado na Zona Intertropical, ou seja, entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio, é cortado apenas pela Linha do Equador, ao norte.

Essas delimitações são um dos fatores que definem o clima típico de cada região. No Brasil, entretanto, predomina o clima tipicamente tropical, com verões quentes e úmidos e invernos secos e frios.

Clima x Tempo

Embora as palavras “tempo” e “clima” sejam frequentemente utilizadas como sinônimos na linguagem informal, os dois termos na linguagem científica têm significados diferentes.

Enquanto o tempo fala do momento atmosférico momentâneo de um determinado local em um determinado momento, o clima reúne um conjunto de fatores perenes e determinantes de alguma região.

Portanto, na frase “o clima é quente”, pode se referir tanto ao clima equatorial quanto ao tropical, por exemplo. Já na frase “o tempo fechou”, o discurso diz que naquele exato momento, em algum lugar, há o anúncio de chuvas.

Neste caso, porém, não se pode determinar especificamente a qual clima pertence o local.

Em resumo, o tempo está relacionado às condições meteorológicas, enquanto o clima está relacionado às condições climatológicas. Assim, o tempo é uma característica momentânea da atmosfera e o clima, um fator mais permanente.

O tempo pode variar de uma hora para outra. Já o clima não se altera em um instante, mas ao longo do tempo, e é determinado pelas estações do ano.

Apesar de apresentarem conceitos díspares, podemos dizer que o tempo influencia o clima e o clima é caracterizado pelos tipos de tempo comuns de uma região.

Por fim, podemos recordar os principais fatores que influenciam e diferenciam os tipos de clima, como altitude, latitude, relevo, vegetação, massas de ar, correntes marítimas, maritimidade e continentalidade.

Neste estudo, foi aprofundado os fatores das estações do ano, órbita terrestre, inclinações do planeta em relação ao sol e posições geográficas.

Curiosidades Climáticas

  • Em Manaus, capital do Amazonas, de clima Equatorial, chove quase todos os dias no final da tarde.
  • Na região Centro-Oeste encontra-se a maior incidência de raios solares do país.
  • São Joaquim, em Santa Catarina, de clima subtropical, é considerado o município mais frio do país, com médias anuais de 13 ºC. No inverno, já foram registradas mínimas de -9 C.
  • Campos do Jordão, em São Paulo, está situada na Serra da Mantiqueira, sobre uma altitude de 1.7000 metros. Apesar de se estar classificada na zona tropical, a cidade tem médias térmicas anuais baixas, inferiores às das áreas localizadas na mesma latitude.
  • A cidade do Rio de Janeiro, situada no litoral, apresenta baixa altitude. Apesar de estar em latitudes semelhantes à de Campos do Jordão, apresenta média térmica superior, sendo um exemplo de como a altitude influi na temperatura e médias térmicas.

Exercícios sobre tipos de climas no Brasil

Após a conclusão do estudo, teste seu conhecimento respondendo corretamente as questões a seguir:

1. Presente em partes das regiões Sudeste e Nordeste, apresenta-se com chuvas concentradas em poucos meses do ano, abrindo uma margem para longos períodos de seca, além de médias de temperaturas em torno dos 26º C anuais. Tais condições favorecem o predomínio de vegetação xerófila. As condições climáticas acima mencionadas fazem referência:

a) ao clima subtropical seco.
b) ao ambiente desértico de algumas poucas áreas do país.
c) ao semiárido nordestino.
d) ao domínio morfoclimático da Amazônia brasileira.
e) ao quadro natural da região do Cerrado.

2. Marque a alternativa que NÃO corresponde aos climas do Brasil:

a) Montanhoso
b) Subtropical
c) Semiárido
d) Tropical de Altitude
e) Tropical Litorâneo

3. Leia o texto: EUA e Portugal tentam “esquecer” o clima de Manaus.

“Como acontece antes de todo jogo da Copa do Mundo em Manaus, o calor e a umidade da capital do Amazonas são assunto obrigatório. Desta vez, no entanto, os protagonistas da partida a ser disputada na Arena Amazônia estão tentando fugir desse tema. Portugueses e norte-americanos, que se enfrentarão neste domingo, chegaram à cidade dizendo que o clima não vai interferir no andamento do jogo […]. Gazeta do Povo, 22/06/2014.

As condições climáticas acima citadas na capital do Amazonas explicam-se:

a) pela localização em extremas latitudes e a acentuada altitude.
b) pela variação irregular da altimetria topográfica e a elevada amplitude térmica.
c) pelo acentuado processo de poluição local e a concentração de calor.
d) pela posição geográfica e evapotranspiração intensa da vegetação regional.
e) pelo calor gerado nas correntes oceânicas do Atlântico.

4. O Brasil, em face de sua enorme dimensão e da influência de outros fatores estáticos e dinâmicos, possui uma grande variedade de tipos climáticos. Assinale o tipo climático que domina na Região Sul do país.

a) Frio Oceânico.
b) Tropical de Altitude.
c) Subtropical.
d) Temperado Continental.
e) Subequatorial. 

 Gabarito de Respostas:

1-C / 2-A / 3-D / 4-C 

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