Aliança do Pacífico

Saiba mais sobre essa aliança entre países da América do Sul.

Considerando mais uma tentativa em se criar alianças econômicas dentro da América do Sul, a Aliança do Pacífico nasceu no Chile, oficialmente no ano de 2012, mais especificamente nas regiões do Observatório Paranal e Anfogasta, tendo como membros fundadores, além de Chile, Colômbia, Peru, México, e Costa Rica, incorporada um ano depois.

Como medidas já bastante avaliadas, inclusive entre blocos econômicos formados anteriormente, os objetivos que regem a criação da Aliança são: comércio livre e integração econômica, porém, dentro de um parâmetro de visão em clara direção à Ásia, considerando o Oceano Pacífico como via de transporte.

Entre os diversos pontos discutidos, o destaque está na negociação de uma política conjunta de redução drástica nas tarifas de exportação entre as fronteiras do continente para todos os produtos comercializados, visando uma extinção completa desta tarifação num período razoável de cinco anos.

Atualmente a Aliança do Pacífico é entendida como um mecanismo de integração das economias Sul-Americanas, cujo objetivo é a expansão das capacidades comerciais a partir das costas, chegando até as margens asiáticas.

Acredita-se que essa abertura de mercado propicie um impacto positivo também em países vizinhos, como o Brasil e até mesmo Portugal.

Falando em economia brasileira, no período correspondente ao então governo Dilma Rousseff, reuniões com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio e empresários representantes do Chile, resolveram considerar a aproximação com o Brasil e o bloco.

Foi entendido à época que a medida era de extrema importância não só para o nosso país quanto para o todos os representantes do continente, chegando a considerar os países da Aliança do Pacífico como “sócios naturais do Brasil”.

A parceria entre chilenos e brasileiros é algo que transcende o bloco, afinal, embora o nosso país não seja membro oficial da Aliança, o Chile é o segundo maior parceiro do país, enquanto o Brasil, por sua vez, é atualmente o maior destino de investimento de empresários oriundos do Chile.

Essa aliança gera um percentual de mais de 26 bilhões aportados no Brasil pelos chilenos, gerando uma estimativa de cem mil empregos diretos.

Considerando então a parceria, a assinatura de um acordo de facilitação de investimentos fez com que o Chile ampliasse as oportunidades brasileiras no país, desta forma também permitindo abertura para outras parcerias semelhantes dentro do bloco.

Contudo, nem só de economia trata a Aliança do Pacífico. Embora busque (assim como outros blocos já existentes) objetivos de integração e a liberdade, não apenas comercial, mas de bens, serviços, capitais e pessoas.

A Aliança também dispõe de um foco voltado para temas como desenvolvimento da cultura, ciência, esporte, inovações e logicamente, empreendedorismo, entre outros temas.

O resultado ao longo do tempo, desde que fora fundado tem criado grande impacto positivo entre os países membros.

De forma que a estratégia também inclui a tentativa em diminuir a dependência que a América do Sul ainda tem em relação aos Estados Unidos, mesmo considerando que boa parte das exportações feitas dentro do continente Sul-Americano ainda tenha que passar por fronteiras Norte-Americanas.

Mesmo assim, esta busca por independência em pouco tempo gerou um percentual de 500 bilhões de dólares em exportações entre os países representantes do bloco.

Isto também se deve à visão macro, de perspectiva internacional, que a Aliança possui, diferentemente de blocos similares já existentes, mas que possuem visões mais restritas ao continente, como por exemplo, o Mercosul.

Autor: Alan Lima

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