Primeira e Segunda Guerras Mundiais

Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial e Nazifascismo. Confira algumas noções gerais sobre esses assuntos.

De 1914 a 1918, portanto, no século passado, ocorreu um grande conflito bélico que assumiu proporções catastróficas em nível global. Este grande conflito ficou conhecido como a “Primeira Guerra Mundial”, ou simplesmente a “Grande Guerra”, pois nenhuma das disputas anteriores se comparava a essa.

Como começou?

O início desta 1ª guerra foi o assassinato do príncipe Francisco Ferdinando, do império austro-húngaro, fato que ocorreu na cidade de Saravejo, Bósnia. Houve investigações para solucionar o caso e ficou comprovado que o criminoso foi um jovem sérvio chamado “Mão Negra” e sua motivação foi não concordar com a influência da Áustria- Hungria na região dos Bálcãs. O império austro-húngaro não concordou com as medidas tomadas pela Sérvia no que diz respeito ao crime cometido, e em 28 de julho de 1914 declarou guerra à Sérvia. Havia também questões anteriores que motivaram a guerra, mas o fato supracitado foi o estopim para o inicio deste evento apoteótico.

Alianças militares

As alianças militares começaram a ser formadas no final do século 19. Durante a Primeira Guerra, essas alianças permaneceram e se intensificaram. Veja quais foram:

– Tríplice Aliança (1882): formada pela Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha, sendo que 1915 a Itália passou para a outra aliança;

– Tríplice Entente (1907): formada pela França, Rússia e Reino Unido.

A participação do Brasil nessa Grande Guerra foi enviando enfermeiros e medicamentos em prol dos países da Tríplice Entente.

Desenvolvimento

A Primeira Guerra teve batalhas constantes por território: os soldados ficavam entrincheirados (muitas vezes por longos períodos de tempo), muitos até passando fome e acometidos por diversas patologias. Durante esses combates, houve a inserção de novas tecnológicas bélicas, como tanques de guerra e aviões. As mulheres trabalhavam na produção bélica, basicamente como empregadas.

Como acabou

O fim da Guerra foi marcado pela entrada dos Estados Unidos no conflito. O país entrou do lado da Tríplice Entende, o que enfraqueceu a Tríplice Aliança, levando esta a acabar assinando a rendição. Os derrotados tiveram que assinar um tratado que colocava fortes restrições e punições (o conhecido “Tratado de Versalhes”). Dentre as principais punições estavam: a redução do exército, indústria bélica controlada; a perda de território; e a restituição monetária dos prejuízos da guerra.

O fato é que a Alemanha foi o país que mais sentiu as consequências do Tratado de Versalhes, fato que influenciou o início da Segunda Guerra. Vale ressaltar que o “saldo” negativo dessa 1ª Guerra Munial foi de 10 milhões de mortos.

O Nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial

Intrinsecamente ligados às origens da Segunda Grande Guerra, os regimes Nazista alemão e Fascista italiano se constituíram sobre determinadas necessidades momentâneas. Tais necessidades eram principalmente as da classe economicamente dominante, que ainda vivenciava (principalmente na Alemanha) o caos econômico oriundo da Primeira Guerra, algo perceptível na reconstituição interna dos países devastados e derrotados na guerra.

Esses países devastados foram forçados, mesmo ainda possuindo relevante poderio militar, a arcar com os custos da guerra, não apenas dos próprios, mas também dos países vitoriosos. Até mesmo a Itália, que trocou de lado, passou por uma situação interna que também demandava medidas de saneamento econômico.

Regimes

O surgimento dos regimes nazista e fascista, considerados de extrema-direita pelo seu ultraconservadorismo e medidas com foco estritamente econômico interno, adveio tanto de uma demanda político-econômica, quanto de uma demanda social. Por mais que seja plausível considerar que, caso Hitler e Mussolini não tivessem se tornado os protagonistas a instaurar esses sistemas, as demandas internas forçariam que outros o fizessem.

No entanto, o que ficou constatado historicamente é que esses dois personagens do século passado (Hitler, em especial) eram dotados de grande carisma. Sem dúvidas, isso ajudou muito na propagação que os regimes implementavam para se colocarem em foco no nacional sobre qualquer coisa, criando um sentimento xenofóbico em grande parte dos países.

Tensões internacionais

Com a ascensão desses regimes ditatoriais, focados em demandas internas de reconstrução do pós-guerra, somado ao conflito entre socialismo e capitalismo já existente na Europa, as tensões internacionais cresciam. As próprias demandas remanescentes do Tratado de Versalhes, da crise de 1929 que abalou a economia mundial e das políticas com foco interno também contribuíram para o aumento dessas tensões.

Antissemitismo

Vale notar que o caso da Alemanha acabou se tornando uma espécie de emblema dessa época: as políticas internas daquele país dificultavam a relação com parte dos países do resto do mundo. Aliado a isso, na política alemã daquele momento foi se propagando um sentimento de segregação que conheceria seu ápice no antissemitismo e na caça e apreensão de judeus e seus bens.

A política antissemita, além de ser parte da ideologia de reforço exacerbado ao nacionalismo, também se constituía numa forma de angariar rapidamente recursos financeiros. Afinal de contas, sabia-se que os judeus controlavam grandes negócios e redes bancárias, e todos esses bens foram apreendidos para sustentar a máquina de reconstrução nacional, criada pelo Partido Social Democrata.

Eclosão da Guerra

Em suma, as formas totalitárias, segregacionistas, ultranacionalistas e conservadoras de extrema direita das políticas adotadas pelos regimes nazista e fascista viriam a provocar a Segunda Grande Guerra. Esses países se portaram de forma “agressiva” para com as outras nações, tanto pelo caráter expansionista (e pela busca por conter o avanço socialista) quanto pelo ideológico.

Esses país também tentaram expandir uma matriz econômica perto de se estagnar, ao depender grandemente de recursos internos, quando se enfrentava uma crise tão grande, além das demandas da Primeira Grande Guerra.

Tudo isso, somado à grande retenção de poderio militar, mesmo após a derrota na guerra anterior, fez com que o caráter totalitário desses dois regimes tivesse um grande impacto na eclosão da 2ª Guerra e também nos rumos que ela acabou tomando.

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