Insuficiência renal

Entenda o que é, sua origem, suas causas e o tratamento eficaz para esta doença.

Insuficiência renal consiste na perda da funcionalidade dos rins. De acordo com o nível de gravidade pode ser classificada como aguda ou crônica. Existem vários fatores que podem contribuir para o aparecimento desta doença, causando alterações de equilíbrio dos electrólitos ou ácido-base, de forma que o aparelho renal se torna incapaz de filtrar e eliminar as impurezas do organismo.

Insuficiência Renal Aguda

Pode ser considerada como o primeiro estágio da doença. Uma perda súbita das funções dos rins, por conta de dano sofrido ao órgão. A doença nesse estágio tem por característica a retenção de produtos, devido à diminuição do ritmo de filtração glomerular, dessa forma, dificultando a eliminação de substâncias que normalmente seriam facilmente eliminados pelos rins.

Sendo assim, o paciente não consegue urinar mais que 400 mililitros num período de 24 horas. Mas ainda assim, a medicina considera que se espere um período de pelo menos três meses para que se obtenha o diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica.

Hoje a medicina considera três tipos principais de IRA, diagnosticadas de acordo com o local onde se instalam as alterações causais: antes dos rins, no próprio órgão ou depois dos rins, denominadas respectivamente de aguda pré-renal, renal e pós-renal.

Muitas são as causas possíveis que propiciam dano aos rins e consequentemente o aparecimento de insuficiência renal: nefrites, queimaduras, desidratações, hemorragias, lesões renais, choques sépticos, cirurgias, hipertensão arterial maligna, septicemia, descolamento de placenta ou placenta prévia, obstrução do trato urinário, etc.

Sintomas de Insuficiência renal aguda.

Variam de acordo com a gravidade do caso. Dependendo do nível de dsifunção, o paciente pode apresentar oligúria ou anúria (diminuição ou ausência de urina). Há casos em que a retenção de líquidos pode ocasionar edema, e ainda casos em que o médico ao examinar um paciente, possa descobrir sintomas secundários, tais como, sopro no coração e crepitação pulmonar. Além disso, de acordo com o estágio da doença, o doente pode apresentar sangue nas fezes, mau hálito, hematomas, cansaço, pressão alta, vômitos e náuseas.

Diagnóstico

Não há nada mais eficaz do que os exames laboratoriais para a identificação do problema. O ideal é que este tipo de diagnóstico inclua provas da função hepática do paciente com a complementação das dosagens dos níveis de eletrólitos e da coagulação. Além desses, ultrassonografia de trato urinário, radiografia torácica e do abdômen, tomografia e ressonância magnética.

Tratamento

A doença ainda em seu nível agudo, geralmente possui cura, desde que identificada precocemente. A princípio podem ser aplicados tratamentos com fluídos aplicados direto na veia, ou mesmo cateter na uretra para o monitoramento do fluxo urinário.

Caso se descubra uma obstrução do trato urinário, pode ser que se faça necessário um procedimento cirúrgico. Por último, em casos um pouco mais graves, a diálise pode ser uma medida eficaz até que se recuperem as funções renais.

O objetivo é fazer com que não mais se acumulem líquidos e resíduos no organismo, de forma que a quantidade de líquidos ingerida pelo paciente se limite à quantidade de urina que ele estiver produzindo enquanto ainda em tratamento.

Insuficiência Renal Crônica

A doença em seu estado crônico geralmente ocorre quando uma causa extra, ou seja, outra doença ou condição de saúde do paciente causa danos aos rins de forma a agravar o estágio da doença por meses ou até mesmo anos.

Nesse estágio a doença causa um grande acúmulo de líquidos e resíduos no organismo, de forma que pode afetar até mesmo outras funções e sistemas do corpo humano, como produção de glóbulos vermelhos, oscilações de pressão arterial, quantidade de vitamina D e até mesmo a saúde dos ossos.

Alguns fatores contribuem substancialmente para o aumento no risco de desenvolvimento de insuficiência crônica, entre eles podemos destacar:

  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Doenças relacionadas ao coração
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Colesterol alto
  • Ter histórico familiar de doença renal
  • Possuir idade igual ou maior que 65 anos.

Um aspecto negativo referente à doença é que ela pode piorar lentamente com o tempo. Pode ser que durante um tempo, em alguns casos ela apresente um quadro assintomático, mas como a perda de função ocorre gradativamente, pode ser que a percepção da doença, ou mesmo os sintomas mais graves só apareçam quando o funcionamento dos rins estiver em menos de dez por cento, dessa forma, quando percebida pelo paciente, já se encontre num estágio quase irreversível.

Sintomas e tratamento

A doença em seu estágio crônico pode apresentar além dos mesmos sintomas quando em seu estágio agudo, outros mais graves como, mudança de coloração da pele, sede excessiva, perda de libido e potência sexual, alterações ou mesmo interrupção de fluxo menstrual, inchaços, distúrbios de sono e outros.

É importante que o paciente se atente a esses sinais para que assim possa se tratar de forma eficaz. Uma vez identificada, o ideal é que o paciente inicie o tratamento imediatamente, revezando entre exames periódicos, monitoramento constante de sua pressão arterial, e acompanhamento de um nefrologista (médico dos rins).

O tratamento para a doença em nível crônico pode ser feito com medidas mais simples como mudança de dieta, medicação suplementar a base de Ferro, injeções intravenosas, até chegar aos mais complexos como a hemodiálise. Mas há casos em que somente o transplante de rim pode solucionar o problema, de forma a restabelecer totalmente as funções renais.

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