O que acontece com o corpo da mulher quando engravida

Que o corpo da mulher fica diferente durante a gestação todo mundo já sabe. Mas você tem ideia de quais hormônios passam por alteração durante os nove meses tão aguardados?

Náuseas, fadiga, mudanças de humor, urina frequente. Esses são só alguns dos sinais visíveis de que a gestante está prestes a receber um novo ser. Mas, lá dentro, o organismo se prepara da mesma maneira, e alguns hormônios também têm sua estrutura afetada em função dessa nova fase na vida da mulher. Veja a seguir o que acontece com o corpo da mulher quando engravida.

O sistema endócrino tem alterações em quatro hormônios, que são essenciais para a mãe e para o desenvolvimento do bebê. Os primeiros deles já são velhos conhecidos: os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona, produzidos pelo ovário ao longo da menstruação.

No período da gravidez, essa produção é ainda maior, e eles são secretados pela placenta. Os outros dois, de nomes um pouco mais complicados, são a gonodotrofina coriônica e a somatomamotropina coriônica humana. Ficou curioso para saber para que serve cada um? Então fique de olho na sequência deste informe.

O estrogênio é o responsável por moldar as características sexuais femininas, como o aumento da vagina, crescimento de pelos pubianos, alargamento pélvico e crescimento das mamas, além do desenvolvimento de áreas como as coxas e quadris. E é entre a 15ª e a 20ª semana de gravidez que a secreção desse hormônio e da progesterona aumentam. Só o índice de estrogênio chega a crescer 30 vezes mais.

A consequência mais notória é a dilatação do canal pélvico, o que torna a passagem do feto mais fácil. É também o estrogênio quem provoca um aumento do tecido adiposo nas mamas, tornando-as maiores. A probabilidade de sentir mais calor também cresce nessa fase.

A progesterona, por sua vez, atua no preparo do útero para a recepção do óvulo já fertilizado e da mama, para a produção do leite. Ela é responsável por prover ao feto os nutrientes armazenados no endométrio, além de inibir a musculatura uterina, o que protege o óvulo fertilizado de uma expulsão involuntária. Já as glândulas das mamas ficam ainda maiores e geram o acúmulo de nutrientes nas células glandulares. Os indesejados enjoos também são provocados por esse hormônio.

O terceiro destaque na gravidez é a gonodotrofina coriônica. Ele é uma espécie de guarda-vidas, já que sua função é manter ativo o corpo lúteo – aquela glândula temporária, responsável pela secreção de progesterona, especialmente no primeiro trimestre. Após esse período, a placenta fica responsável pela produção desse hormônio e de estrogênio.

Já o hormônio com nome e sobrenome complexos, a somatomamotropina coriônica humana, tem um papel essencial no desenvolvimento do feto: é ele quem garante sua nutrição, poupando o uso da glicose pela gestante, além de mobilizar os ácidos graxos do tecido adiposo materno, aumentando a utilização deles como fonte de energia no lugar da glicose. É através dele também que o feto consegue crescer.

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