Governo estuda valores das próximas parcelas do auxílio emergencial
Jair Bolsonaro e ministros estudam valores das próximas parcelas do auxílio emergencial: R$ 500, R$ 400 e R$ 300. Proposta tem que passar pelo Congresso.
Em uma reunião nesta quinta-feira (25/06), o governo federal discutiu os valores das próximas parcelas do auxílio emergencial. De acordo com o que foi anunciado pouco depois pelo presidente Jair Bolsonaro, em sua tradicional live no Facebook, pretende-se pagar três parcelas, sendo a primeira de R$ 500,00, a segunda de R$ 400,00 e a última no valor de R$ 300,00.
Na reunião, feita antes da live, além de Jair Bolsonaro, participaram os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Braga Netto (Casa Civil). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também estava presente.
É válido ressaltar que o valor estudado pelo governo não necessariamente será pago aos cidadãos. Isso porque a proposta precisa passar pelo Congresso Nacional. Na Câmara ou no Senado, os valores poderão ser alterados, ficando mais altos ou mais baixos.
Post vaza valores das parcelas
Enquanto a reunião ainda estava sendo realizada, um post com os valores das parcelas acabou sendo divulgado na conta do ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos.
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Na publicação, Luiz Eduardo afirmou que o governo federal iria pagar três novas parcelas, sendo respectivamente nos valores de R$ 500,00, R$ 400,00 e R$ 300,00. Pouco tempo depois da divulgação, o ministro apagou a postagem de suas redes.
O post publicado e deletado pode ser lido, na íntegra, logo abaixo:
"O governo vai pagar 3 parcelas adicionais (de R$500, R$ 400 e R$ 300) do auxílio emergencial. A proposta faria o benefício chegar neste ano a pelo menos R$ 229,5 bilhões. Isso é 53% de toda a transferência de renda já feita no programa Bolsa Família desde o seu início, em 2004".
Novas parcelas ainda vão gerar discussões
Mesmo com o anúncio do governo federal, é fato que os valores das novas parcelas do auxílio emergencial irão gerar muitas discussões no meio político. Existem membros do Legislativo que são a favor de que as parcelas sejam de R$ 600,00, enquanto outros apoiam o que foi proposto por Bolsonaro e seus ministros.
Também há uma onda de críticas em relação à demora do governo de anunciar seus planos sobre o auxílio emergencial. Entre os deputados e senadores que acusam o governo de demorar a planejar os próximos passos está o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O parlamentar, em um post no Twitter, falou sobre urgência do pagamento. “O governo não pode esperar mais para prorrogar o auxílio. A ajuda é urgente e é agora”, afirmou o parlamentar.
Eleições jogam gasolina na fogueira
Se tudo isso não bastasse, 2020 é ano de eleições municipais. Sendo assim, a quantidade de parcelas e os seus valores podem ter impactos no âmbito eleitoral, podendo significar a vitória ou a derrota em grandes centros urbanos. Vale ressaltar que, recentemente, foi aprovado pelo Senado o adiamento das eleições para novembro.
Portanto, se normalmente o debate sobre o auxílio emergencial já seria muito polêmico, com as eleições os interesses ficam mais complexos e muitos acordos terão de ser feitos para que seja aprovado algo que a agrade a maioria.
Calendário da terceira parcela foi divulgado
Mesmo com as discussões sobre novos pagamentos, o governo ainda não havia anunciado um cronograma da terceira parte, esperada por milhões de brasileiros. Na mesma live de quinta-feira, finalmente, houve o anúncio do calendário da terceira parcela do auxílio emergencial. O ministro Paulo Guedes afirmou que o primeiro pagamento está previsto para 27 de junho.
Movimento pede auxílio emergencial até final do ano
O movimento denominado Renda Básica que Queremos, o qual reúne 162 organizações e movimentos de vários setores da sociedade, vem fazendo uma campanha nas redes sociais pedindo que o governo estenda o auxílio emergencial até o final do ano como uma forma de renda básica universal.
Para isso, o movimento e seus adeptos estão pressionando parlamentares como Rodrigo Maia (DEM - RJ) e Davi Alcolumbre (DEM - AP), respectivamente presidentes da Câmara e do Senado, enviando e-mail solicitando a extensão do auxílio emergencial. De acordo com o site do Renda Básica que Queremos, mais de 118 mil pessoas já aderiram ao pedido.
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