Português – Nível Superior

Prepare-se com questões de Português para nível superior

01

(VUNESP - 2020 - SeMAE - Engenharia Civil) - Leia um trecho do romance “A Madona de Cedro”, de Antonio Callado, para responder à questão.

 

No primeiro dia no Rio de Janeiro, Delfino Montiel quase se afogou. Ele tinha aprendido a nadar menino ainda no rio das Velhas, na fazenda de seu tio Dilermando. Mas a corrente dos rios é honesta e determinada, vai reta e sempre se disciplina pelas margens. O mar... Ora, quem vai entender o mar? Delfino largou-se para o mar no mesmo dia em que chegara ao Rio. Atravessou a areia e foi entrando no mar numa espécie de exaltação. Queria chorar com aquela frescura de água azul, queria abraçar e beijar o mar. A primeira onda que lhe veio ao encontro, Delfino a recebeu de braços abertos. Ela o derrubou numa cascata de areia e espuma. Ele bebeu água, muita, mas estava embriagado de mar.

Só quando já se achava sentado na areia, arquejante, entre uma súcia de curiosos, é que Delfino compreendeu que quase tinha morrido afogado. Um dos que o havia salvo era um rapagão simpático que lhe perguntou:

– Você donde é que veio, patrício, de Cabrobó1 ou Caixa Prego2?

– De Congonhas do Campo, respondeu Delfino ingenuamente.

Muita gente riu em torno dele.

– Pois, se você ainda quer rever Congonhas, trate o mar com mais desconfiança.

Enquanto o rapaz se afastava, Delfino notou principalmente o riso de uma menina de cabelos cor de mel. Ele a notou porque a menina não queria exatamente rir, com pena dele que estava, mas sua companheira ria tão à vontade que ela não podia deixar de acompanhá-la.

Com os olhos fitos nela, Delfino a foi acompanhando com a vista enquanto a menina entrava no mar. Viu logo que era uma amiga íntima do mar. Viu-a furar uma primeira onda, ligeira e exata como uma agulha mergulhando na dobra azul de um pano. Quando ela se levantou do mergulho, o cabelo cor de mel estava preto e grudado ao pescoço, preto-esverdeado, como se ela tivesse voltado mais marinha do fundo do mar.

(Record/Altaya. Adaptado)

1Cabrobó é uma cidade pernambucana no sertão do São Francisco.

2Caixa Prego significa lugar muito distante, longínquo.

 

Com base nas informações do texto, é correto afirmar que Delfino Montiel

Código da questão
Q60110Ca
02

(IDESUL - 2020 - Prefeitura de Lima Duarte - MG - Engenheiro Civil)- Observe:

Defender? Defendei vós.

Faça o mesmo com os verbos: vir, ver, trazer, pontuar e assinale a alternativa correta:

 

Código da questão
Q59640Ca
03

(IBFC - 2020 - TRE-PA - Analista Judiciário - Administrativa) - Leia atentamente o texto abaixo para responder à questão.

Sem direito e Poesia

 

Eis me aqui, iniludível. Incipiente na arte da escrita, desfraldo sentimentos vestindo-os com as palavras que lhes atribuem significado. Às vezes dá vontade ser assim, hermético. Talvez, porque eu sinta que o mundo não me entende ou porque, talvez, eu não me encaixe harmonicamente no mundo, é que sinto esta liberdade em não me fazer entender. É que, talvez, a vida seja mesmo um mal entendido.
Portanto, despiciendo as opiniões e me faço prolixo. Suasório para o intento de escrever em uma língua indecifrável ao homem comum. Meu vocabulário, quando quero, é um quarto cerrado e, nele me tranco e jogo fora a chave do entendimento. Dizem-me que as palavras devem ser um instrumento para comunicar-se e que isto é fazer-se entender. Mas eu, que do mundo nada entendo, por que razão deveria me fazer entender?
Sinto o decesso aproximar-se, pelo esvair-se do fluido vital, e, sem tempo para o recreio desejado, com os ombros arcados pelos compromissos assumidos, tenho no plenilúnio um desejo imarcescível de que haja vida no satélite natural. Talvez, após o decesso, eu possa lá estabelecer morada e, vivendo em uma sociedade singular, haja o recreio em espírito. Na realidade. Na iniludível realidade, meu recreio é uma sala ampla. Teto alto. Prateleiras rústicas com farta literatura e filosofia. Nenhuma porta ou janela aberta a permitir à passagem do tempo. Uma poltrona aveludada. Frio. Lareira acesa. Vinho tinto seco, Malbec.
O amor? O entregar-se? Não!
Tratar-se-ia apenas de amor próprio. Sem entrega. Apenas eu. Apenas eu e o tempo. Cerrado na sala cerrada. Divagando sobre o nada e refletindo sobre tudo. Imarcescível seria tal momento. Mas a vida. A vida é singular ao tempo, pois que o tempo é eterno, e a criatura humana é botão de rosa, matéria orgânica falível na passagem do eterno. Sigo... Soerguendo-me... Sobrevivo...
(Fonte: Nelson Olivo Capeleti Junior/ Artigos13/04/2018 - JUS Brasil)

 

Analise as regras para o uso de reticências e assinale a alternativa que apresenta corretamente a norma utilizada no enunciado a seguir: "Sigo... Soerguendo-me... Sobrevivo..."

Código da questão
Q60313Ca
04

(FGV - 2018 - Prefeitura de Niterói - RJ - Pedagogo) - Uma entrevista com o economista-chefe do Banco Interamericano de Investimento registrou o seguinte diálogo: Entrevistador: O que os americanos podem querer do Brasil? Economista: Obviamente, lhes interessaria ter melhor acesso à maior economia da América Latina. O Brasil tem uma enorme complementaridade com a economia americana, em especial no setor industrial.

O economista entrevistado dá uma resposta política à pergunta feita; a marca dessa preocupação está em:

Código da questão
Q60192Ca
05

(VUNESP - 2020 - SeMAE - Engenharia Civil) - Leia um trecho do romance “A Madona de Cedro”, de Antonio Callado, para responder à questão.

 

No primeiro dia no Rio de Janeiro, Delfino Montiel quase se afogou. Ele tinha aprendido a nadar menino ainda no rio das Velhas, na fazenda de seu tio Dilermando. Mas a corrente dos rios é honesta e determinada, vai reta e sempre se disciplina pelas margens. O mar... Ora, quem vai entender o mar? Delfino largou-se para o mar no mesmo dia em que chegara ao Rio. Atravessou a areia e foi entrando no mar numa espécie de exaltação. Queria chorar com aquela frescura de água azul, queria abraçar e beijar o mar. A primeira onda que lhe veio ao encontro, Delfino a recebeu de braços abertos. Ela o derrubou numa cascata de areia e espuma. Ele bebeu água, muita, mas estava embriagado de mar.

Só quando já se achava sentado na areia, arquejante, entre uma súcia de curiosos, é que Delfino compreendeu que quase tinha morrido afogado. Um dos que o havia salvo era um rapagão simpático que lhe perguntou:

– Você donde é que veio, patrício, de Cabrobó1 ou Caixa Prego2?

– De Congonhas do Campo, respondeu Delfino ingenuamente.

Muita gente riu em torno dele.

– Pois, se você ainda quer rever Congonhas, trate o mar com mais desconfiança.

Enquanto o rapaz se afastava, Delfino notou principalmente o riso de uma menina de cabelos cor de mel. Ele a notou porque a menina não queria exatamente rir, com pena dele que estava, mas sua companheira ria tão à vontade que ela não podia deixar de acompanhá-la.

Com os olhos fitos nela, Delfino a foi acompanhando com a vista enquanto a menina entrava no mar. Viu logo que era uma amiga íntima do mar. Viu-a furar uma primeira onda, ligeira e exata como uma agulha mergulhando na dobra azul de um pano. Quando ela se levantou do mergulho, o cabelo cor de mel estava preto e grudado ao pescoço, preto-esverdeado, como se ela tivesse voltado mais marinha do fundo do mar.

(Record/Altaya. Adaptado)

1Cabrobó é uma cidade pernambucana no sertão do São Francisco.

2Caixa Prego significa lugar muito distante, longínquo.

Considere a frase do sexto parágrafo.

 

Ele a notou porque a menina não queria exatamente rir, com pena dele que estava, mas sua companheira ria tão à vontade que ela não podia deixar de acompanhá-la.

 

Os termos destacados apresentam, correta e respectivamente:

 

Código da questão
Q60114Ca
06

(Ferreira de Moura - 2012 - SEPLAG) Observe o trecho: “ No aspecto diplomático, os chineses vem fazendo o que bem entendem
e é um dos países que mais investem nas economias pobres.” De acordo com o Novo Acordo Ortográfico firmado entre os países lusófonos em 29 de setembro de 2008 e em vigor desde 1º de janeiro de 2009, que estabeleceu novas regras para a nova ortografia, podese afirmar em relação à ausência do acento circunflexo no verbo que está:

Código da questão
Q1678Ca
07

 (CESPE - 2019 - PRF - Policial Rodoviário Federal) - 

1 A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de
preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial. Somos
animais diurnos, por mais que boêmios da pá virada e
4 vampiros em geral discordem dessa afirmativa. Poucas
vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser
poucas as pessoas que acordam se sentindo primatas,
7 mamíferos ou terráqueos, outros rótulos que nos cabem por
força da natureza das coisas.
A humanidade continua se aperfeiçoando na arte de
10 afastar as trevas noturnas de todo hábitat humano. Luz soa
para muitos como sinônimo de civilização, e pode-se
observar do espaço o mapa das desigualdades econômicas
13 mundiais desenhado na banda noturna do planeta. A
parcela ocidental do hemisfério norte é, de longe, a mais
iluminada.
16 Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo
ambiental muito alto, avisam os cientistas. Nos humanos, o
excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual
19 dormimos pode reduzir drasticamente os níveis de
melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília.
Mesmo assim, sinto uma alegria quase infantil
22 quando vejo se acenderem as luzes da cidade. E repito para
mim mesmo a pergunta que me faço desde que me
conheço por gente: quem é o responsável por acender as
25 luzes da cidade? O mais plausível é imaginar que essa
tarefa caiba a sensores fotoelétricos espalhados pelos
bairros. Mas e antes dos sensores, como é que se fazia?
28 Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da
luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se
31 iluminava.
Não consigo pensar em um cargo público mais
empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se
34 existia, já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se
transferido para o mundo das trevas eternas.
Reinaldo Moraes. “Luz! Mais luz”.
Internet: <www.nexojornal.com.br> (com adaptações)

 

No que se refere aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir.

 

A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se suprimisse o trecho “é que”, em “como é que se fazia” (ℓ.27).

 

Código da questão
Q60994Ca
08

(Ceperj - 2012 - Degase) “É forçoso reconhecer que razão assiste ao magistrado.”
A frase acima exemplifi ca um uso mais formal da língua, escolhido
pelo autor deste texto, que foi originalmente publicado em uma
seção voltada para questões de Direito e Justiça de um jornal.
No contexto da frase, o signifi cado do verbo “assistir” é:

Código da questão
Q1792Ca
09 Dados os períodos seguintes,

I. Uma missão semelhante gastaria não menos que US$ 500 milhões, enquanto o Sunrise não precisou que se investisse nele além de US$ 80 milhões.

II. Que os anos de ditadura militar, quando o Congresso permaneceu fechado, nos sirva como exemplo.

III. Não se pode comparar ambos. IV. Alguns, de tão devastados pelo sofrimento, nem permite que a única arrumadeira autorizada a entrar na área arrume suas camas.

quais violam a concordância verbal?
Código da questão
Q988Ca
10

(CESPE - 2020 - MPE-CE - Analista Ministerial - Administração) - Com base no Manual de Redação da Presidência da República, julgue o item que se segue, acerca de aspectos da redação oficial.

 

O expediente denominado ofício é apropriado como forma de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão.

Código da questão
Q59484Ca