Como superar as "quase" aprovações

O "quase" não dura tanto tempo e jamais se converterá em "sempre". Quando o concurseiro "bate na trave" é sinal de que ele está no caminho certo.

Todo concurseiro que se preze tem uma história de "quase" aprovação em um certame. Dentre as possíveis lições que podemos tirar disso, cito duas: a primeira é que "bater na trave" serve como uma grande experiência, pois nos impulsiona a checar quais foram os detalhes das matérias que nos fizeram "quase chegar lá", e avaliar a nossa melhora nas próximas.

Uma segunda lição é que leva-nos a perceber que a quase aprovação não pode ser tida como perda propriamente dita. Assim, não adianta desanimar com tais situações, mas entender que estamos no caminho certo, ainda que as quase aprovações nos persigam por várias vezes.

Por outro lado, há gente que é quase aprovada sem ter estudado. Para esses, o único consolo que pode existir é LEVAR A SÉRIO uma preparação para o próximo concursos.

Independente de qual seja o seu caso, vale à pena se animar com o exemplo da "concurseira.net" Monique Muniz, que começou a sua maratona para os concursos há cerca de 10 anos.  Em 2004 ela ingressou no curso de Letras, com o interesse de ter nível superior para prestar concurso para agente da Polícia Federal.  Um ano depois mudou de curso, optando por Administração e nessa época consegue a primeira aprovação da vida: passou para Assistente Administrativo do Ministério da Saúde.

No entanto, como acontece ainda hoje com muitos concurseiros, Monique, em certo momento, parou de acompanhar os informes sobre o concurso do MS. "Na época foram poucas vagas e como não fui classificada dentro do número de vagas, parei de acompanhar o concurso, porém ele chamou quase 5 mil aprovados em 5 anos. Em 2010 ele fez a sua última chamada, sendo que eu já tinha mudado de endereço, onde ficou somente a minha avó morando lá. Ela recebeu o telegrama, mas como não sabe ler, guardou para quando fosse visitá-la".

O choque que Monique teve por não ter recebido o telegrama a tempo de se apresentar para assumir a vaga foi grande. "Entrei em desespero. Logo em seguida veio a depressão. Fiquei 1 ano para me recuperar e retornar aos estudos. Foram tempos difíceis.

A sua história de "quases" e de reprovações não parou por ali: no final de 2009 ela tinha sofrido duas reprovações duríssimas: uma do concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal e a outra do Bacen. Também perdeu o emprego, pois ficou complicadíssimo conciliar dois concursos desse porte e ainda trabalhar.

A partir de 2011 ela conta que começou a fazer as provas e a ficar “fora” por 1 ou 2 pontos. Isso aconteceu nos certames do MPERJ e do Procon-RJ. Ela até tentou ir para a iniciativa privada, no ano seguinte (2012), uma vez que "precisava de 'verba'" para conseguir financiar os estudos, e atuou como Analista Financeiro.

"Consegui até um certo tempo, mas vi que a iniciativa privada não era a minha praia. Não tinha tempo para mais nada, entrava no trabalho às 8h e não tinha hora para sair. Trabalhava nos fins de semana. Então fiz uma loucura: no final de abril de 2012, com o dinheiro que guardei, pedi demissão do emprego e me dediquei 100% aos estudos. Foi um ano de muitos “quases” e eu me colocava na pressão de passar logo".

Depois desse "estalo", no começo de 2013, Monique fez a prova da SEPLAG-RJ e passou para o cargo de Assistente Executivo. Começa a trabalhar no mesmo ano, a partir de maio, o que possibilitou que tivesse mais tempo e dinheiro, os quais seriam investidos nos estudos para outros concursos. "Comecei a estudar então para o Bacen, que sempre foi o meu sonho de concurso. No final de 2013 fiz a prova e não passei".

Depois dessa trajetória recheada de alguns "quases" e algumas vitórias, ela participa, já em 2014 do concurso para o RioPrevidência. "Fiz para os dois cargos – Assistente Previdenciário e Especialista em Previdência Social. Passei nos dois".

Diante deste testemunho, o concurseiro não pode deixar de renovar as suas convicções. Se você estiver neste momento sonhando alto e sofrendo decepções iguais ou similares às que Monique sofreu, não se desespere. Saiba que está no caminho que precisa ser mesmo trilhado para alcançar um espaço na área pública.

"Acho que o mais importante é manter uma linha de estudo focado para alguma área. Demorei um pouco para aprender que, ficar “pulando de concurso em concurso” acaba não levando a lugar algum", resume Monique.

Lembre-se: o "quase" não dura tanto tempo e jamais se converterá em "sempre"...

Edição: alberto@concursosnobrasil.com.br

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