Fases da Lua: quais são, quantas são e como funciona

As fases da Lua na verdade são as mudanças visuais que esse satélite natural sofre. Ao longo do mês a Luda muda de forma de acordo com a parte que está iluminad

A simples observação da Lua ao longo de um mês permite que vejamos as diferenças que existem em suas formas. Essas mudanças têm a ver com as fases da Lua que, na verdade, são as partes do satélite que estão iluminadas pela luz solar e ficam visíveis para quem está na superfície terrestre. Neste texto, falaremos sobre as fases lunares (que são oito e não quatro, como estamos habituados a pensar) e também sobre o papel da Lua em relação à Terra. Acompanhe!

Por que a Lua é importante para a Terra?

A Lua desperta a curiosidade das pessoas desde sempre, e há séculos estudamos suas funções e formas. Classificada como satélite natural, a Lua desempenha um papel fundamental na manutenção da vida terrestre, principalmente devido à força da gravidade que exerce sobre a Terra e vice-versa.

Essa interação da força da gravidade entre o nosso planeta e a Lua pode ser vista como um tipo de cabo de guerra, fenômeno conhecido como puxão gravitacional. É ele o responsável pela movimentação das grandes massas de água, como oceanos e mares, a depender do posicionamento da Lua em relação ao planeta Terra.

Além da água, o manto terrestre e o magma, que estão abaixo da superfície da Terra, também são influenciados pela posição da Lua. A movimentação desses materiais, compostos principalmente por silicato derretido, é o que garante a vida ao nosso planeta, que realiza seus movimentos de forma contínua.

Ainda em relação aos movimentos da Terra, outro fator importante é a gravidade, responsável pela estabilização da rotação do planeta, impedindo que ele tenha seu eixo alterado — isso garante as quatro estações do ano, fundamentais para o equilíbrio das zonas climáticas.

A interação da Lua com a Terra é, portanto, não apenas uma forma de manter o planeta saudável, mas de permitir a existência de vida por aqui.

Fases da Lua: como funciona

Metade da superfície lunar sempre recebe a luz que vem do Sol, mas, conforme a Lua faz sua trajetória ao redor do planeta, a porção de superfície lunar iluminada que podemos ver muda dia após dia.

O ciclo das fases da Lua é conhecido como lunação, e sua duração é de um pouco mais do que 29 dias — 29,5 dias, para sermos mais exatos. Esse decurso também é chamado de período sinódico, que é o intervalo que a Lua precisa para sair de uma fase e retornar a ela.

O período sinódico da Lua é dividido em quatro fases primárias e quatro fases secundárias, por isso é correto dizer que a Lua tem um total de oito fases, embora estejamos acostumados a considerar apenas as fases primárias.

O lugar que a Lua ocupa no céu a partir do ponto de vista de quem está na Terra é mudado constantemente devido à movimentação que o nosso satélite natural faz para completar sua volta ao redor do planeta — são exatos 27,3 dias de duração, período conhecido como mês sideral.

Começando pela Lua Nova, a parte que conseguimos observar da Lua a partir do Hemisfério Sul passa a ficar cada vez maior até chegar à fase conhecida como Lua Cheia. Depois, essa porção visível começa a diminuir até voltar à fase inicial.

As oito fases da Lua

Já sabemos que a Lua tem quatro fases primárias e quatro fases secundárias. Entenda melhor as características de cada uma delas a seguir:

Lua Nova

Nessa fase, não é possível enxergar a Lua no céu, pois somente a face que não está de frente para o planeta é que recebe a luz do Sol.

Lua Crescente

É quando a Lua aparece timidamente no céu, em formato côncavo, parecendo um leve sorriso.

Quarto Crescente

A fase do quarto crescente indica a posição da Lua a 90° em relação ao planeta Terra. A porção visível para quem está na superfície terrestre corresponde a 34% do satélite.

Crescente Gibosa

Esse período corresponde à fase transicional entre o Quarto Crescente e a próxima fase, que é a Lua Cheia. Para quem observa da Terra, é aquele momento em que a Lua está muito próxima de parecer Cheia.

Lua Cheia

A Lua Cheia indica que toda a superfície lunar que está voltada para o planeta recebe a iluminação dos raios solares, por isso conseguimos vê-la de forma “total”.

Minguante Gibosa

A fase Minguante Gibosa indica a transição da fase Cheia para a Lua Minguante. É quando a porção que conseguimos ver passa a minguar, diminuir. A movimentação do nosso satélite natural faz com que a parte voltada para o planeta Terra passe a receber cada vez menos luz solar, deixando a Lua com um formato convexo.

Quarto Minguante

Nesse momento, a Lua passa a ser vista de novo pela metade, mas no sentido oposto ao que se vê no Quarto Crescente. O posicionamento da Lua em relação à Terra volta a ser de 90°.

Lua Minguante

Essa é a última fase da Lua, quando ela começa a “sumir” no céu até voltar à posição da Lua Nova. O formato da Lua Minguante é côncavo.

Diferença entre astronomia e astrologia

Embora se tratem de estudos diferentes, não é raro a confusão entre os dois termos, por isso é sempre interessante entender o que diferencia um do outro.

Tanto a astronomia quanto a astrologia se dedicam a analisar corpos celestes e seus movimentos, mas apenas a astronomia é uma ciência de verdade — a astrologia é considerada pseudociência.

Os astrônomos, que são os profissionais da área da astronomia, se dedicam a estudar astros em relação às leis da física e suas propriedades químicas, focando suas análises em pesquisas sobre planetas, estrelas, asteroides, buracos negros, galáxias etc. Para esses estudos, utilizam instrumentos de observação e conceitos e fórmulas das áreas científicas como as da física, matemática e química.

Os astrólogos, que são as pessoas que estudam a influência dos astros no comportamento humano, acreditam em aspectos místicos e simbólicos do universo, defendendo a ideia de que existem padrões de comportamento humano que se relacionam com o posicionamento dos astros no momento em que cada pessoa nasceu.

Os signos do zodíaco vêm das análises de astrologia que se fundamentam em mapas que reúnem o posicionamento dos astros e os dados de cada pessoa (dia, lugar e horário de nascimento). Como se trata apenas de uma crença e como não há comprovação científica com base em pesquisas, dados e evidências, a astrologia é uma pseudociência.

O ciclo da Lua

Conhecido como Lunação ou Período Sinódico da Lua, o ciclo dura 29,5 dias, como mencionamos anteriormente. Esse período é chamado de mês lunar e é dentro dele que as quatro fases da Lua se desenvolvem.

O chamado Período Sideral, por outro lado, corresponde ao tempo que o satélite natural da Terra demora para completar uma volta ao redor do próprio eixo (rotação): são 27,3 dias, o mesmo tempo que leva para completar o movimento de revolução, que é quando orbita ao redor da Terra.

Dessa forma, podemos ver que existe uma diferença de tempo entre os dois tipos de meses: o mês sideral é cerca de 2,25 dias mais curto do que o mês sinódico.

Curiosidade: Muitas pessoas acreditam que o ciclo da Lua interfere no ciclo menstrual, e isso tem a ver justamente com a duração de ambos os ciclos, que é bastante parecida. De qualquer forma, é importante saber que não há comprovação científica a respeito do assunto, portanto a crença de que nascem mais bebês na Lua Cheia, por exemplo, é somente isso: uma crença.

Vídeos sobre as fases da Lua

ABC da Astronomia: Fases da Lua

Neste vídeo, da TV Escola, temos uma explicação geral a respeito das fases da Lua e de como o único satélite natural da Terra está posicionado em relação ao nosso planeta. Com as imagens do vídeo, é muito mais fácil compreender como podemos observar cada fase da Lua ao longo de seu ciclo.

Fases da Lua e Eclipse: Óptica Geométrica

O vídeo do professor Thales, do canal Chama o Físico, tem um conteúdo muito interessante para quem busca entender melhor tanto as fases da Lua quanto a formação dos eclipses lunar e solar. Imperdível!

Conhecendo a Lua: Evolução, Faes e Histórias — Mini documentário exclusivo

Eis um vídeo que, embora seja mais longo do que os outros, merece ser visto por completo. Com imagens impressionantes e uma narrativa interessante que começa com a formação da Lua, o documentário publicado no canal Ciência Interestelar é um excelente material de apoio quando estudamos o nosso belíssimo satélite.

Agora que você aprendeu um pouco mais a respeito das fases da Lua, fica mais fácil compreender outros assuntos que envolvam o nosso satélite natural (o que inclui tópicos de geografia, biologia, física, matemática, química etc) e, claro, conseguir pensar com mais clareza na hora de responder questões de provas e vestibulares. Bons estudos!

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